quinta-feira, 16 de maio de 2019

O AMOR É CEGO (2005)


Provavelmente o melhor filme dos Irmãos Farrelly, empareado com O Amor é Cego. Diferentemente desse, aqui temos um casal cujo amor é testado pela devoção de um torcedor fanático do Red Sox ao time que é muito importante na sua vida, algo que no começo até surpreende a namorada por ela achar bonito o comprometimento e a dedicação com algo que se gosta, como um símbolo do amor, mas que aos poucos (e o filme vai desvendando isso de forma bem sutil e genial) vai mostrando seu lado, digamos, tóxico para a relação entre os dois.

Drew Barrymore talvez seja para as romcoms dos anos 2000 o que Sandra Bullock foi para os anos 90, e o charme dela entra numa sintonia tão deliciosa com o carisma do Jimmy Fallon que apenas observar a química entre os dois já deixa o filme encantador. Inclusive o que não falta são cenas românticas, sejam elas cômicas ou mais dramáticas, protagonizadas entre os dois, que funcionam belamente, dentro da simplicidade da proposta. Aos poucos percebo que os filmes do Farrelly tem essa vibe meio feel-good, até quando eles fazem comédias mais escrachadas, que mexem com um humor que surge do lado físico, mas que até nisso podem ser abordadas com certo sentimentalismo (como é o caso do Amor é Cego e de Ligado em Você também). Aqui isso fica de lado, em segundo plano, e o romance e o lado emocional são mais valorizados.

E importante notar que, sendo uma comédia que tem um protagonista tipicamente loser, até nisso há uma certa esperança, um "lado bom" para um personagem que busca a vitória no amor e no esporte, e o filme costura uma visão bastante positiva sobre esses dois campos e o significado deles para o Ben.

O Amor é Cego
Fever Pitch
dir. Bobby & Peter Farrelly
★★★★

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