terça-feira, 18 de agosto de 2015

Crítica: "O EXTERMINADOR DO FUTURO: GÊNESIS" (2015) - ★


2015 trouxe consigo muitas sequências. Mad Max - Estrada da Fúria, Jurassic World - O Mundo dos DinossaurosMissão: Impossível - Nação SecretaVingadores: A Era de Ultron, Velozes e Furiosos 7 isso sem falar nos que ainda virão, 007 Contra Spectre, Star Wars: Episódio VII - O Despertar da Força. Hoje eu vi O Exterminador do Futuro: Gênesis, que chegou aos cinemas nacionais no mês passado e cujo creio que é a maior decepção deste ano essencialmente no que diz respeito à segmentos (se bem que o ano nem acabou, então essa afirmação não pode ter 100% de cabimento, mas tenho certeza de que não estou errado). O quinto filme da franquia que levou Arnold Schwarzenegger ao sucesso em 1984 com o longa O Exterminador do Futuro, considerado por muitos um clássico, é um fracasso assustador. Por que não? Vi tanta gente elogiando o filme, mas não consegui segurar o ódio enquanto via. Respeito quem gostou, mas sofri demais assistindo. Sono é pouco. No fim da sessão, as dores nas costas e na região do pescoço só conseguiam dirigir meus pensamentos a uma frase: "Deveria ter trago uma almofada".

"Velho, mas não obsoleto". O bordão de Arnold no filme talvez seja uma clara indireta à carreira do ator e à chegada da velhice para ele. Recriaram seu personagem mais jovem por animação, algo que muito bem, talvez, se encaixe ao respectivo bordão e que ficou bem estranho. O mais chato de Gênesis é que preza pelo bom senso de humanidade e sensibilidade do espectador de uma maneira totalmente não-convincente e perpetual, tortuosa. Um truque para chamar a atenção, que põe tudo a perder e logo nos momentos iniciais promove o cansaço. Se bem que eu nunca fui muito atraído por essa franquia. Sequer gostei muito de O Exterminador do Futuro, então essa minha implicação com o filme pode estar relacionada à minha falta de apreciação. Mas a verdade é que eu não gostei mesmo deste aqui. Tudo soa como uma propaganda moral sobre o apocalipse e as consequências da revolta, e por aí começa o enjoo.

Outro erro de Gênesis é seu complicado roteiro, que exagera interminavelmente na conduta e nas minúcias, resumindo: bagunçado. Da autoria de Laeta Kalogridis (que fez Ilha do Medo) e um completo desconhecido, Patrick Lussier, esse roteiro me causou muita dor de cabeça. Repetições só dão nós, complicam o entendimento e logo transformam uma história capaz em conteúdo meramente inútil. Apesar do bom humor, o elenco também mostra-se demais fraco. Em determinadas partes, nem Arnold cativa mais. Performances vazias, também inúteis. Triste ver essa situação. Na verdade eu não conhecia metade do elenco aqui presente. Emilia Clarke só mesmo lá no Game of Thrones. Arnold, J.K. Simmons, Jason Clarke, Jai Courtney (só conheci por que fez Divergente Invencível) e o resto é tudo indigente pra mim. Elenco bem fraco, muito fraco para o que eu esperava.

Nas mãos de Alan Taylor, diretor de televisão inexperiente com o cinema, a incompetência reina em Gênesis. O fracasso de Taylor é tentadoramente inegável. Mesmo que tenha dirigido boas séries, como The Sopranos e Mad Men, no cinema Alan mostra que seu lugar é lá mesmo, e que não devia ter saído dos estúdios da HBO. Imaturidade, no entanto, não é a palavra certa para descrever essa falha cometida por Alan. Fracasso talvez seja a descrição mais adequada mesmo. Um pedante fracasso.

Que fique bem claro: odeio filmes que tendem a soar demais artificiais. E Gênesis é o mais completo exemplo da minha fúria relacionada à eles. Nunca fui muito familiarizado com efeitos visuais. Mas Gênesis possui naturalmente uma aparência tão artificial que chega a dar pânico. Nem comentarei os clichês (até por que num filme-bomba como esse não poderia faltar clichê, e não faltou). Gênesis, como eu mesmo já disse pode ser um filme até engraçado, mas no fim vira nada. Você começa e termina o filme indiferente. E a duração de duas horas não ajuda em nada. Reforça meu tédio e desgosto.

O Exterminador do Futuro: Gênesis (Terminator Genisys)
dir. Alan Taylor - 

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