sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Adeus, ROBERTO GOMÉZ BOLAÑOS (1929-2014)


Faleceu em Cancún, hoje nessa sexta feira (28) aos 85 anos o ator, comediante e escritor mexicano Roberto Goméz Bolaños, mais famoso pela criação de seriados internacionalmente aclamados, como Chaves e Chapolin Colorado, que fizeram um enorme sucesso na televisão brasileira. A informação de sua morte foi divulgada pela rede de TV Televisa. Nos últimos anos, o comediante teve algumas complicações em relação á sua saúde frágil, e ultimamente, passava a maior parte do tempo deitado com acompanhamento por 24 horas. "O México perdeu um ícone, cujo trabalho transcendeu gerações e fronteiras", afirmou o presidente mexicano Enrique Peña Nieto;

Chespirito e seu universo marcaram a história da televisão mundial, sua genialidade precoce e seu senso de humor que nos permitiu dar boas risadas diante de suas criações. 

Adeus, Chespirito. Obrigado por nos ensinar e inspirar diversas gerações com sua exemplar visão do mundo, que tão gratificantemente soube conduzir sua identidade avassaladora a um enorme público, hoje tão esmeradamente agradecido por seus feitos. Aqui fica nossa simples homenagem á Bolaños. (aplausos)

"É melhor morrer do que perder a vida."
- Chaves

terça-feira, 25 de novembro de 2014

INDEPENDENT SPIRIT AWARDS 2015 - OS INDICADOS


Foram anunciados os indicados ao Independent Spirit Awards 2015, uma das premiações mais importantes do cinema contemporâneo. E adivinha quem foi o grande felizardo que arrecadou seis indicações? Sim, Birdman superou Boyhood e levou seis gloriosas indicações. A premiação é uma ótima indicadora para o Oscar, e isso pode ser benéfico para Birdman. Uma pequena nota: o vencedor da premiação de 2014 foi 12 Anos de Escravidão, o mesmo vencedor do Oscar de Melhor Filme! 

A premiação acontecerá dia 21 de fevereiro de 2015 (tradicionalmente, um dia antes do Oscar, o que aumenta as expectativas!). O blog Lumière & Companhia fará a cobertura completa do prêmio.

Confira a lista completa dos indicados ao Independent Spirit Awards 2015:

MELHOR FILME

Birdman
Boyhood
O Amor é Estranho
Selma
Whiplash

MELHOR ATRIZ

Marion Cottilard - Era Uma Vez em Nova York
Rinko Kikuchi - Kumiko, a Caçadora de Tesouros
Julianne Moore - Still Alice
Jenny Slate - Obvious Child
Tilda Swinton - Amantes Eternos

MELHOR ATOR

André Benjamin - Jimi: All is by My Side
Jake Gyllenhaal - O Abutre
Michael Keaton - Birdman
John Lithgow - O Amor é Estranho
David Oyelowo - Selma

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Patricia Arquette - Boyhood
Jessica Chaisten - A Most Violent Year
Carmen Ejogo - Selma
Andrea Suarez Paz - Stand Clear of the Closing Doors
Emma Stone - Birdman

MELHOR ATOR COADJUVANTE

Riz Ahmed - O Abutre
Ethan Hawke - Boyhood
Alfred Molina - O Amor é Estranho
Edward Norton - Birdman
J.K. Simmons - Whiplash

MELHOR DIRETOR

Damien Chazelle - Whiplash
Ava DuVernay - Selma
Alejandro González Iñárritu - Birdman
Richard Linklater - Boyhood
David Zellner - Kumiko, a Caçadora de Tesouros

MELHOR PRIMEIRO FILME

A Girl Walks Home Alone at Night
O Abutre
Dear White People
Obvious Child
Ela Perdeu o Controle

MELHOR ROTEIRO 

Big Eyes
A Most Violent Year
O Abutre
Amantes Eternos
O Amor é Estranho

MELHOR PRIMEIRO ROTEIRO

Uma Boa Menina
Amor por Acidente
The One I Love
Dear White People
Ela Perdeu o Controle

MELHOR FOTOGRAFIA

Era Uma Vez em Nova York
Birdman
Selma
It Felt Like Love
A Girl Walks Home Alone at Night

MELHOR EDIÇÃO

Boyhood
Whiplash
O Abutre
A Most Violent Year
The Guest

MELHOR FILME ESTRANGEIRO

Força Maior - Suécia
Ida - Polônia
Leviathan - Rússia
Mommy - Canadá
Sob a Pele - Reino Unido
North, The End of the Story - Filipinas

MELHOR DOCUMENTÁRIO

Nick Cave - 20.000 Dias na Terra
Citizenfour 
Stray Dog
O Sal da Terra (The Salt of the Earth)
Virunga 

Crítica: "A ÁRVORE DA VIDA" (2011) - ★★★★★



A Árvore da Vida não é apenas uma reflexão sobre todas as coisas e a criação do universo, mas é a observação dos elementos que contribuíram para a formação da vida na Terra e a formação de todos os seres que nela habitam. O filme tenta aproximar a fé da ciência de uma maneira da qual ambas consigam atingir a razão, ao invés do embate que as divergem. Alguns se sentiram desconfortados ao assistirem A Árvore da Vida, mas é inegável dizer que se trata de uma obra carregada de um sentimentalismo próprio e a maestria divina e filosófica do cineasta americano Terrence Malick, quão incompreensível e intocável.

O roteiro incrementa todos os aspectos da vida, através da conexão dos seres vivos. De um lado, somos apresentados á uma família texana do interior, parcialmente comum. A mãe é sensata e insegura, ingênua e dócil, que preza o valor da religião e da família, apesar de ser controlada pelo marido. O pai controlador e severo, impaciente e flexível, não tolera comportamentos irregulares da parte de seus filhos , e por isso os trata rigidamente e os ensina o caminho da educação e de uma vida exemplar, mas nota-se que o próprio também se encontra divido entre a família e o trabalho. Os filhos são infelizes e oprimidos em razão á triste e decadente relação com o pai. Com o tempo, os filhos amadurecem e se voltam contra ele, buscando a liberdade e a fuga da rotina privada. Já no tempo atual, a morte de um dos filhos causa um desequilíbrio intenso: a mãe está confusa em relação á tudo que já foi construído na família e o pai é domado por uma sensação melancólica de culpa. Diante das relações que o filme realça, tudo se encaixa perfeitamente, mostrando a cadeia que aprisiona a vida dos humanos, seus medos e suas esperanças, suas ambições e suas regras.

Do outro lado da história, a fotografia surreal comandada pelo Emannuel Lubenzki é refletida nas cenas que interpretam a origem da vida e de tudo ao redor de nós. As flores, os répteis, as bactérias, os dinossauros, os tempos inicias são retratados de uma maneira realista e abstrata por Malick. A chama incandescente que ilumina o espaço frio. A dança do vento que paira no deserto vazio. A chuva que molha suavemente o solo seco. A água que corre sensualmente no leito de uma cachoeira barulhenta. O sol que toca a folha das árvores. Tudo tem um significado, e Terrence Malick não desiste e tenta convencer o público de sua ansiedade por codificar todo o sentido da vida nos aproximados 130 minutos de pura reflexão e uma profunda sensibilidade formal. 

A Árvore da Vida demonstra o melhor de Terrence Malick, sua visão autêntica, alternativa e única, vista em Cinzas do Paraíso e Além da Linha Vermelha. Porém, até hoje, a arte expressiva e filosófica de Malick atingiu seu auge em A Árvore da Vida. Sublime e subrealista, afetivo e triunfante. Uma obra-prima que filma o instinto humano através de uma maestria poética que não precisa de Hollywood, ou de Steven Spielberg para atingir um nível de impacto consideravelmente maior do que muitas produções contemporâneas. O espírito do filme eleva a existência e a estrutura, que possibilita da análise do desenvolvimento familiar á expansão do conflito entre a razão e a liberdade, e um registro inesquecível dos tempos primordiais em uma passagem visual astronômica. A Árvore da Vida, não é só um filme, mas uma jornada preciosa e transcendente.

A Árvore da Vida (The Tree of Life)
dir. Terrence Malick - 

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Adeus, MIKE NICHOLS (1931-2014)



" - Por que você estava triste?

- A vida."


- Closer: Perto Demais (2004)

TOP 10 - CONSCIÊNCIA NEGRA

Para a comemoração do dia da Consciência Negra, o blog Lumière & Companhia separou dez filmes essenciais sobre o tema:


10. Manderlay, de Lars Von Trier


9. Diamante de Sangue, de Edward Zwick


8. Crash - No Limite, de Paul Haggis


7. Á Espera de um Milagre, de Frank Darabont


6. Hotel Ruanda, de Terry George


5. Adivinhe Quem Vem Para Jantar, de Stanley Kramer


4. O Sol é Para Todos, de Robert Mulligan


3. Django Livre, de Quentin Tarantino


2. 12 Anos de Escravidão, de Steve McQueen


1. A Cor Púrpura, de Steven Spielberg