Feitiço do Tempo, Encontros e Desencontros, Um Santo Vizinho: Bill Murray continuará sendo um dos meus grandes heróis não importa qual personagem faça. Afinal, entre nós, só um mesmo já faz fama por si: o velho tranquilão convencido. Murray é um dos meus atores prediletos, até por que é um dos melhores. Vê-lo nos filmes é uma coisa que está se tornando raridade, salvo por sua participação nos longas de Wes Anderson, sendo o último O Grande Hotel Budapeste. Fora sua parceria com o cineasta, o vi mesmo em Caçadores de Obras-Primas e Broken Flowers, e agora em Um Santo Vizinho.
Foi bom, confesso. Gostei desse filme. Pode ser tal moralista, tal pedante, mas é um filme que tem uma certa elegância. É divertido, bem além do engraçado. Bill Murray se saiu fantasticamente ótimo em Um Santo Vizinho. Um personagem novo dele, também. Um lado que eu, assim como muita gente, não havia visto dele. O veterano ranzinza e bêbado é incomparável aos personagens que estamos acostumados a vê-lo interpretar.
Gostei do elenco, bem escalado, sem muito exagero. Naomi e Melissa merecem destaque. O jovem Jaeden, que interpreta o, segundo Vincent, "nanico" Oliver, também consegue agradar o espectador. Talvez estar ao lado de Bill Murray seja tão significante quanto uma influência na atuação. Talvez deva ser muito nervoso estar ao lado dele. Ele é uma lenda, no final. Até mesmo o diretor, Theodore Melfi, tenha tido um pouco de receio em escrever o personagem. Na estreia, ainda por cima.
O roteiro tem pontos estratégicos, utilizando alguns truques básicos, mas não é nada para levar em caso. Piadas de conteúdo, humor de qualidade, não dá pra reclamar do filme nessa parte. Seria praticamente desnecessário. A direção tem algumas falhas, nada para levar em conta igualmente, já que este é a primeira vez de Melfi. O elenco, como já foi dito, de parabéns. Nada mais a notar sobre.
Compartilhei Um Santo Vizinho. Competente, sem divergir da trama. Engraçado, o que é a base primordial do sucesso desta película. Enfim, eu achei Um Santo Vizinho bem precioso. Um filme com cara de família, se não fosse por alguns elementos e cenas. Concordo que a moralidade pode irritar um pouco o espectador. Não é algo tão grande assim, vai. Um Santo Vizinho é alem de tudo, nostálgico. Ver um Bill Murray velho, mas ainda potente e talentoso, já pode agradar bastante.
Um Santo Vizinho (St. Vincent)
dir. Theodore Melfi - ★★★★