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Foi um dos filmes mais recentes que eu assisti na telona este Halloween. Acabou se tornando uma das experiências mais incômodas, por conta da agitação exagerada do público, que ficou falando e gritando boa parte do filme, além dos constantes entra-e-sai. Me perguntei se não contratavam mais lanterninhas ou se alguém não via aquela bagunça lá de cima, mas ninguém interveio na confusão do pessoal. De qualquer forma, tentei me concentrar no filme, para não ter que dever uma revisão.
Mesmo que tenha seus altos e baixos, Halloween não deixa de ser um trabalho interessante, de um cineasta tão eclético como David Gordon Green, que já trabalhou dirigindo tantos filmes, mas que de certa forma ainda continua sendo um pária no cinema norte-americano, com um currículo dividido entre produções de teor comercial (como essa) e filmes mais independentes, como seu recente O Que Te Faz Mais Forte, que até entrou em apostas para o Oscar. O mesmo pode ser dito sobre sua recepção pelo público e pela crítica. Gordon Green segue fazendo filmes, mas seu legado, por uns é pouco reconhecido, por outros é um promissor expoente, que segue renovando esse título a cada filme.
Halloween, a aguardada sequência do famoso filme de 78 (de Carpenter), traz novamente uma noite de 31 de outubro selada pelas atrocidades do maníaco Michael Myers, desta vez como o objeto da vingança de uma de suas vítimas, Laurie, que ainda deseja acabar com o reino de terror do assassino após 40 anos de ter escapado do monstro.
Por se tratar de um filme de terror, há permissões que a gente entende, um ritmo que respeita os elementos do gênero, fotografia e trilha estonteantes o suficiente pra criar uma atmosfera de possessão e tensão impagável. Há também atuações caprichadas de Judy Greer e Jamie Lee Curtis, aqui fazendo mãe e filha. Não há como não reconhecer que o trabalho de Gordon Green na condução é frutífero, mesmo que possa ter dividido tanto os fãs do filme de Carpenter. Dessa maneira, prefiro dizer que, enquanto filme de gênero, Halloween conquista acertos, um pouco acima da média para as produções de seu naipe, que podem deixar feliz um espectador que quer ver um trabalho mais leve e, não descomprometido, mas descontraído, de certa forma.
Halloween
dir. David Gordon Green
★★★½
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