Sei que essas palavras não são suficientes para um filmaço desses, não consigo realmente expressar o quanto eu o adoro, embora tentei, neste curto comentário, dizer o que eu senti assistindo essa obra maravilhosa, da segunda vez que eu a vi. Belíssima.
Como poucos filmes, Amantes consegue evocar tamanha beleza e fazê-la emergir de momentos tão inesperados e simples que não há como não se sentir, no mínimo, gratificado por estar assistindo a um filme tão bonito, de personagens tão humanas, tão ricas. É uma história de amor de James Gray, linda em todos os aspectos, gigante em sua concepção. Embebido de uma suavidade elegante e tenra, traz à tona sentimentos dos mais diversos e faz o espectador senti-los como se estivesse na pele dos personagens, cada fala, cada gesto acaba tendo um impacto desconcertante. É nessa imensidão que Gray costura seu maravilhoso conto romântico, um dos exemplares mais belos do cinema recente e de sua filmografia. O cara é porreta, a cada filme se renova, e nos faz ter a certeza de que é um mestre. Nos convida a sentir o cinema em sua forma mais plena e segura, num conto apaixonado, preenchido por sentimentos entrelaçados, que parecem nunca estar no lugar certo, aos poucos se alinham, dando origem a um sentimento de paz e conforto, aquele amor que nos faz reviver, querer vivê-lo.
Amantes (Two Lovers)
dir. James Gray
★★★★★
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