Este comentário contém spoilers. Esperei para poder escrever sobre o novo Vingadores, o fenômeno das bilheterias que todos estavam loucos pra conferir, e que em uma semana após a sua estreia já tinha chegado à segunda colocação na lista das maiores bilheterias de todos os tempos (e está bem perto de passar Avatar), talvez pelo impacto que ele teve em mim, por não esperar que veria um filme tão grande e, ao mesmo tempo, ser tão sensível.
O filme que encerra belamente uma das franquias mais populares do cinema é uma odisseia repleta de cenas grandiosas, sequências de ação enlouquecedoras com personagens que nos últimos anos, desde o primeiro filme dos Vingadores até as produções mais recentes, cresceram com o público e este aprendeu a acompanhar e gostar de suas histórias e filmes. O legado, mais uma vez, se fortalece a partir desses laços, que foram se estreitando, e que neste filme se confirmam. Em paralelo à grandiosidade épica que o encerramento dessa franquia exigiu, temos a leveza de cenas em que os super-heróis estão em seus momentos mais humanos, descontraídos ou pesados, mas carregados de uma simplicidade bem alegre e bem-resolvida. Ultimato expõe as fraquezas e as feridas, mas parece sempre olhar com amor aqueles personagens que construiu sua história, abraçando a história por trás de cada um deles. Abraçar a relação que o tempo fortaleceu e priorizar um retrato emocionante da fraternidade dos Vingadores e dos super-heróis é um dos pontos altos de Ultimato, que chegou para desestruturar os ranques como um dos melhores filmes de super-herói já feitos.
A experiência de ver esse filme no cinema foi completamente emocionante, e tudo o que essa palavra pode definir Ultimato foi. A frenesi da ação, ou as lágrimas que eventualmente coloriram os rostos da maioria dos presentes na sessão lotadíssima (e o meu também, em uma sequência decisiva de deixar qualquer um extasiado), a beleza da redenção dos personagens, a amizade, o amor, as escolhas, o passado e o tempo, e o significado de uma família. Ultimato faz sentir tantas emoções, ao abraçar a simplicidade do seu sentimentalismo, que é também fruto da história que o público tem com essa franquia, mas que carrega na sua urgência pela união um significado bem maior, que transcende o mero exibicionismo da sua pilha de cenas grandiosas, mas esconde um afeto, que depois se revela com toda a graça desejada.
Os Irmãos Russo conseguem equilibrar a ação explosiva muito bem calibrada com sequências dramáticas devastadoras, capazes de deixar até quem não é fã em prantos. Os personagens estão nus e crus, em suas versões mais despidas, humanas, atenuantes. Grandes performances (Downey Jr, Renner, Ruffalo, Hemsworth, Evans, Brolin, etc.) coroam a opulência de um elenco que por si só é a própria reunião de família da Marvel, com a presença de atores que fizeram papéis em outros filmes da franquia (Swinton, Boseman, Cumberbatch, Olsen, etc.) que é impossível não pensar neste elenco como, pelo menos, a reunião mais exasperante dos últimos anos, e para os padrões do cinema, é um elenco gigantesco de satisfazer toda e qualquer expectativa.
Com um dos desfechos mais deslumbrantes e próximos da perfeição possíveis, Ultimato encerra belamente uma franquia que apaixonou vários espectadores, cinéfilos e fãs de quadrinhos desde o primeiro filme de 2012, e confirma o legado dos Vingadores. Faz a melhor combinação dos seus elementos para quebrar essa "regra" de que o mainstream não tem espaço para a delicadeza ou complexidade, e aqui são indispensáveis para fechar com chave de ouro uma história que emociona, faz vibrar, gritar, chorar, e conclui Ultimato com a dignidade que seus personagens demandam, desvendando o humano que em todo super-herói existe, e o que de mais heroico há no coração dos humanos. Me emocionou, eu que não sou fã, mas me senti como aqueles personagens, e a emoção tomou conta de mim, continuou vibrando até depois daquela sessão tão especial. Um dos melhores filmes de super-herói dos últimos anos, junto com Logan e Pantera Negra.
Vingadores: Ultimato
Avengers: Endgame
dir. Anthony & Joe Russo
Os Irmãos Russo conseguem equilibrar a ação explosiva muito bem calibrada com sequências dramáticas devastadoras, capazes de deixar até quem não é fã em prantos. Os personagens estão nus e crus, em suas versões mais despidas, humanas, atenuantes. Grandes performances (Downey Jr, Renner, Ruffalo, Hemsworth, Evans, Brolin, etc.) coroam a opulência de um elenco que por si só é a própria reunião de família da Marvel, com a presença de atores que fizeram papéis em outros filmes da franquia (Swinton, Boseman, Cumberbatch, Olsen, etc.) que é impossível não pensar neste elenco como, pelo menos, a reunião mais exasperante dos últimos anos, e para os padrões do cinema, é um elenco gigantesco de satisfazer toda e qualquer expectativa.
Com um dos desfechos mais deslumbrantes e próximos da perfeição possíveis, Ultimato encerra belamente uma franquia que apaixonou vários espectadores, cinéfilos e fãs de quadrinhos desde o primeiro filme de 2012, e confirma o legado dos Vingadores. Faz a melhor combinação dos seus elementos para quebrar essa "regra" de que o mainstream não tem espaço para a delicadeza ou complexidade, e aqui são indispensáveis para fechar com chave de ouro uma história que emociona, faz vibrar, gritar, chorar, e conclui Ultimato com a dignidade que seus personagens demandam, desvendando o humano que em todo super-herói existe, e o que de mais heroico há no coração dos humanos. Me emocionou, eu que não sou fã, mas me senti como aqueles personagens, e a emoção tomou conta de mim, continuou vibrando até depois daquela sessão tão especial. Um dos melhores filmes de super-herói dos últimos anos, junto com Logan e Pantera Negra.
Vingadores: Ultimato
Avengers: Endgame
dir. Anthony & Joe Russo
★★★★
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