domingo, 8 de maio de 2016

Crítica: "FROST/NIXON" (2008) - ★★★


Não sou um fã de Ron Howard. Mesmo assim, sua filmografia é um tanto interessante e, até hoje, não me lembro de ter assistido a um fracasso propriamente dito levando sua direção, se bem que dá pra contar nos dedos quantos filmes dele eu vi... Enfim, preciso ver mais filmes de Ron Howard. Bem, a verdade é que eu nem gostei tanto assim de Frost/Nixon. Na verdade, é um filme que deve ser assistido com paciência. Uma das razões é que eu achei muito maçante. Não sei se é porque estava com sono por conta do dia exaustivo que tive (última sexta), o que é bem provável, só sei que eu achei o filme muito chato e demasiado. 

Outra coisa que me estressou pra caramba em Frost/Nixon foi a fotografia irregular de Salvatore Totino (se eu não me engano o diretor de fotografia de O Código da Vinci). Totino entrega uma cinematografia repleta de defeitos e totalmente decepcionante, o suficiente pra me tirar do sério e desgarantir minha uma impressão qualificável (o visual é uma coisa de imenso valor pra mim, rapaz...). A organização do filme é meio desandada, sabe? Se fosse em outro filme, não ficaria tão encucado, mas foi motivo de incômodo e atrapalhou um pouco minha apreciação.

Por outro lado, Frost/Nixon trata-se de um retrato cinematográfico competentíssimo, rico em recursos, potente pela força de uma trama poderosa e astuta, diferente de qualquer reprodução épica dos tempos modernos, responsável e impecável pela plenitude de sua fórmula, e sobretudo crível pela dupla de protagonistas, Michael Sheen, na pele do apresentador e entrevistador David Frost, e Frank Langella, indicado ao Oscar por seu fabuloso desempenho como o ex-presidente americano Richard Nixon. Ou seja, de uma forma ou de outra, mesmo sendo um filme irregular, Frost/Nixon tem a sua importância e devido valor.

Somando, o roteirista do filme é Peter Morgan, o mesmo de A Rainha. O filme Frost/Nixon, aliás, é a adaptação da peça homônima de Morgan, estrelando o Sheen e o Langella. E, para a nossa surpresa, a melhor coisa de Frost/Nixon acaba sendo a direção fenomenal de Ron Howard, muito possivelmente a melhor direção do cineasta, ainda que eu não tenha conferido todos os seus filmes. Enfim, Frost/Nixon deve ser lembrado como um trabalho delicado, ímpar, necessário, excepcionalmente bem-feito.

Frost/Nixon
dir. Ron Howard - 

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