A imagem e suas infinitas possibilidades. Cada frame é uma realidade. Cada palavra é o receptáculo de uma abstração. A desconstrução de uma linguagem – os sons, as cores e as formas que habitam nesta – e a renovação de tudo que a subverte como o impulso de uma comunicação inevitável de sensações resultantes do choque entre duas realidades ambivalentes, o sensível e o efêmero. Desse choque aflora, enfim, o cerne da emissão imagética, da ilusão e da realidade fundidas num corpo só, o milagre da produção audiovisual.
Onde morre uma imagem, nasce outra: um ciclo de recomeços (ou cinema, simplesmente cinema). Trata-se de um trabalho muito especialíssimo, uma experiência inusual e bastante tentadora, que nos convida a contemplar a imagem e suas admiráveis funções e contextualizações dentro da atmosfera cinematográfica, a serviço de uma configuração quase irreal de realidades, de subtextos e experimentalismos.
Não Me Fale Sobre Recomeços
dir. Arthur Tuoto
★★★★
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