terça-feira, 4 de julho de 2023

ABAIXO O AMOR (2003)


Eu tinha o DVD desse filme há tempos e eu sempre lia elogios e comentários positivos sobre ele, mas sempre deixava pra ver em outra hora. Que filme divertido é o ABAIXO O AMOR. Desses filmes que são capazes de passar despercebidos, por não ter tido o reconhecimento necessário quando de seu lançamento, e também pelo tempo passado desde quando ele foi lançado. Porém é uma peça rara em uma Hollywood da primeira metade dos anos 2000 que estava olhando pra sua era de ouro pra encontrar inspiração pra novas produções, e essa aqui acertou em cheio apostando em sofisticação simples, uma dupla atômica de atores principais e um roteiro descontraído e afiado. É uma comédia que tem o melhor do screwball e que parece saída diretamente da era de ouro, o que é uma coisa boa e nem tão popular de se dizer pra uma produção de estúdio com um orçamento grande e apelo comercial, especialmente se tratando dos anos 2000/anos 2010, que foram mais ou menos marcados por essa dificuldade latente do cinema americano de definir um novo rumo e sair da sombra das produções dos anos 70-90. Zellweger e McGregor estão fantásticos, e o acerto é que justamente tanto a parte romântica quanto cômica funcionam muito bem. O elenco coadjuvante está nos trinques. O resultado é um filme que diverte pra caramba com umas esquetes sensacionais e com fórmulas puras e já conhecidas, mas que funcionam uma beleza. ABAIXO O AMOR se junta a um número pequeno de trabalhos que parece que foram transportados de uma outra época, tanto na questão da qualidade quanto na questão da aura mesmo, mas que se sobressaem pela sofisticação com a qual se arriscam a ter um toque mais nostálgico, mas longe de parecer uma emulação de um clássico, bem longe, e isso é um elogio e tanto pra se fazer. O que me vem à mente agora é E SE FOSSE VERDADE, que tem uma química ótima da Reese e do Mark, e OS INDOMÁVEIS, que teve êxito em homenagear o western e ao mesmo tempo revitalizá-lo.

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