O foco do filme é em como se deu essa revolução, como que o exército não tão robusto de combatentes encabeçado por Guevara e Castro (em interpretação digna de nota pelo mexicano Demián Bichir) conseguiu ganhar uma improvável batalha pelo futuro socialista da nação de Cuba. O filme está interessado na luta, e em como Guevara se estabeleceu como uma liderança militante, praticamente o braço direito (ou, com o perdão do trocadilho, braço esquerdo) de Castro na guerrilha. É um filme de guerrilha, e ele é muito competente em ser um filme de guerrilha.
O filme é de Benicio Del Toro, ele está excelente (não à toa ganhou Melhor Ator em Cannes, e Sean Penn disse que ele devia estar no Oscar em 2009 por seu trabalho aqui), mas a força do filme está, justamente, na sincronia de um elenco fenomenal. Trata-se de um filme que, apenas pelo nome, já estaria embriagado de expectativa, mas que é muito mais uma visão minimalista, intimista, do que foi a revolução cubana. Pode não parecer um filme de ação à primeira vista, mas pra mim ele é tão épico quanto o filme de ação mais explosivo, e talvez seu maior mérito seja mostrar como algo que começou pequeno se transformou numa verdadeira odisseia política, cujo estrondo é sentido com força até os dias atuais. Também é legal ver como o Soderbergh consegue adaptar a trajetória de Che com tanto charme para as telas nos dias atuais. É fenomenal.
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