sexta-feira, 7 de julho de 2023

O CONGRESSO FUTURISTA (2013)

Do israelense Ari Folman, um filme um tanto antecipatório, que estava bastante adiantado ao refletir preocupações dentro da indústria do cinema americano, em especial a respeito da representação da mulher, e que se ampliaram com o #MeToo, e também sobre outros adendos como os serviços de streaming, o CGI. No geral, aqui se fala sobre um mundo em transformação, em mudança, e o que isso significa para quem já estava aqui antes. O filme tece uma série de comentários a partir da narrativa emblemática do envelhecimento de uma atriz e, como pano de fundo, a mutação pela qual passa a indústria do cinema, e o planeta em uma escala maior, com as mudanças climáticas, em paralelo. Seu tom distópico, carregado de pessimismo e um certo desconforto que fica evidente pela personagem da Robin Wright, criam uma atmosfera de melancolia e frieza, e reforça os comentários que o diretor parece querer fazer de que a indústria do cinema e o mundo caminham rumo ao cataclismo.

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