sexta-feira, 7 de julho de 2023

HANYO, A EMPREGADA (1960)


Clássico do cinema sul-coreano, de Kim Ki-young, narra a chegada de uma empregada um tanto idiossincrática na casa da família de um professor de música, onde moram ele, sua mulher, que está grávida, e dois filhos. A presença da mulher na casa dá lugar a uma série de acontecimentos imprevisíveis e drásticos. Sozinho o filme já é um marco, mas é interessante salientar que ele serviu de inspiração para o recente estrondo Parasita, e é no mínimo curioso como os dois guardam uma série de paralelos bons de serem estudados, visto que tratam, centralmente, das diferenças de classe social e posição afetando as estruturas das relações hierárquicas de poder e dominação presentes na sociedade. Tanto pelo comentário ácido quanto pelo fenomenal trabalho na construção de uma atmosfera um tanto difícil de ser concebida, Hanyo é um filme necessário pra caramba, bombástico, e o mesmo pode ser dito do seu parente nem tão distante Parasita, que bebeu bastante de sua fonte e, enfim, faturou o Oscar de filme em 2020, sessenta anos após a sua realização. E parece que agora o filme pode receber o reconhecimento internacional merecido. 

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