Ainda não sei bem o que achei deste Espanglês. Lembro que, ano passado, quando comecei a assistir numa sessão à noite do Comedy Central, até estava gostando, mas dormi sem terminar de ver. Desta vez eu encontrei ele lá no Netflix, e aproveitei pra ver novamente o começo e o resto que eu não vi. O filme ficou com outra aparência desta vez. Ou talvez só o começo do filme seja bom, porque, com o passar do tempo, ele fica azedo, muda de jeito, de ritmo. Esquisito.
Confesso que, mesmo assim, não deixa de ser um filme engraçado. Irregular, mas com alguns bons momentos. Só não entendo como podem enxergá-lo como um drama. Na verdade, Espanglês não é nem drama e nem comédia. Comédia dramática? Também não. E por isso é que é um filme tão complicado de se entender, não no sentido de ser complexo, mas sim o que ele quer dizer, sua intenção, a proposta que ele oferece. É um filme bem confuso quando se trata de gênero.
No entanto, o elenco está ótimo. Adam Sandler, quem eu acho que só esteve realmente bom uma única vez em toda a sua carreira, em Embriagado de Amor, até que está bacana aqui em Espanglês, especialmente naquela cena em que ele surta no carro. A talentosíssima Paz Vega interpreta Flor, uma mexicana que, após o abandono do marido, decide ir para os Estados Unidos viver com a filha, onde acaba trabalhando para o personagem do Sandler, um chef de cozinha.
Também estão no elenco Téa Leoni, numa performance plausível, como a esposa frenética do Sandler, e Cloris Leachman, como a mãe de Sandler, uma ex-cantora de sucesso, cuja atuação, embora faça o estilo "roubar a cena", foi presenteada com uma indicação ao SAG em 2005.
Apesar de tudo isso, Espanglês é um daqueles filmes que não tinha que ser feito, ou (aparentemente) não possui razão para ter sido produzido. O filme leva a direção de James L. Brooks, que também escreveu o roteiro. A fotografia é de John Seale e a trilha sonora foi composta por Hans Zimmer.
Espanglês (Spanglish)
dir. James L. Brooks - ★★★
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