quinta-feira, 21 de julho de 2016

Crítica: "À BEIRA MAR" (2015) - ★★


Vão por mim: a única coisa que faz o novo filme de Angelina Jolie digno de ser visto é, sem dúvida, a fotografia charmosa e deslumbrante de Christian Berger. À exceção disso, é praticamente impossível fazer elogios a À Beira Mar. E pensar que muita gente, inclusive eu mesmo, mal podia segurar a ansiedade pelo novo projeto da atriz, que muitos especulavam ser a "grande obra" dela. Alguns atores-diretores (vá lá, Warren Beatty, Woody Allen, Mel Gibson, George Clooney, entre outros nomes) foram bem-sucedidos. As coisas saíram errado para Angelina Jolie. À Beira Mar, seu 3º longa na direção, é um filme com uma premissa interessante e que tinha tudo para ser um grande filme. É um desastre, infelizmente.

Aliás, um filme no mínimo bom é o que a Jolie nos devia depois do fiasco que foi Invencível, seu detestável longa anterior que foi tão superestimado a ponto de ser indicado a 3 Oscars ano passado (o que os votantes tinham na cabeça, hein?). Não cheguei a ver o primeiro, Na Terra do Amor e Ódio, indicado ao Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro em 2012. Soube que ela já está preparando um novo filme que deverá ser lançado pela Netflix ainda neste ano (First They Killed My Father: A Daughter of Cambodia Remembers). Rithy Panh produziu o filme, que está em fase de pós-produção. Será que finalmente teremos algo bom com a Angelina Jolie dirigindo?

Não vou negar: no começo, até que estava gostando um pouco de À Beira Mar, afinal, a gente nunca pode adivinhar se um filme é realmente ruim antes de vê-lo inteiro. Passou um tempo, e a ficha caiu. O filme começou a azedar, e eu comecei a ficar enjoado. A linda fotografia de Berger, que comandou a fotografia magistral de A Fita Branca, começa a perder a intensidade. Rapidamente, o filme perde a graça, e o contracenamento do casal Jolie e Pitt começa a ficar absurdamente chato. Não me levem a mal, as performances não estão ruins, mas o problema é que está fora do ritmo, fora de sintonia.

Não demora muito e o meu único desejo era de que o filme acabasse logo ali, mesmo faltando mais de uma hora para seu término. Jolie assume uma direção fraquíssima, uma performance desequilibrada, a ponto de tornarem seu filme um desperdício de tempo. Volta e meia me questionava o porque dela ter feito aquele filme. "Será que ela está em crise com o Brad?", "O que será que ela quer metaforizar?", "Será que ela só queria gastar dinheiro?", "O que diabos ela quer passar?". Eu terminei o filme sem descobrir esse mistério. Porque a Angelina fez esse filme enjoado e sem pé nem cabeça?

De qualquer maneira, quaisquer foram os motivos para que Jolie se dedicasse a À Beira Mar, o resultado é desastroso. Aos primeiros minutos, não há quem negue que há um pouco de charme e sofisticação, mas o encanto perde-se com o decorrer dos tediosos 120 minutos de filme. Como eu disse no começo do post, À Beira Mar promete agradar a quem procura uma fotografia esbanjando beleza a cada frame, mas no fundo é um filme vazio e parado.

À Beira Mar (By the Sea)
dir. Angelina Jolie Pitt - 

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