Revi em maio Procurando Nemo, que é uma das minhas animações prediletas do estúdio Pixar, e fiquei de escrever aqui no blog mas dei sopa e acabei deixando tal tarefa de lado. Bem, cá estou eu, dois meses depois, escrevendo sobre Procurando Dory, a sequência da já mencionada famosa animação sucesso de bilheteria/crítica que está beirando a mesma aclamação do 1º tanto nas bilheterias quanto entre os críticos. Eu não diria que Procurando Dory é melhor ou se nivela a Procurando Nemo, mas até que é bem bacana. Até porque eu, pelo menos, me diverti bastante. A Pixar capricha em mais uma produção bonita, sofisticada e doce, como era de se esperar de uma equipe tão talentosa e dedicada como eles, que fazem animação como ninguém.
Não sei se acontece só comigo, mas fico tão envergonhado quando, antes da sessão começar, passam uns trailers tão idiotas de filmes que a gente de cara já decifra que são bombas. É uma sensação de vergonha tão grande que, olha, vou te contar... E não é a primeira vez. Os trailers exibidos foram os de Carrossel 2, A Vida Secreta dos Bichos e outro filme do qual não me lembro, todos desprezíveis (aliás, que mania mais petulante a de passarem só trailers de filmes infantis antes de uma animação). Passados os três trailers, me animei para o começo do filme, e fui surpreendido pelo ótimo curtinha Piper (que eles geralmente exibem antes de um filme da Pixar ou até mesmo da Disney, e que são facilmente encontrados nos extras dos DVDs originais).
Enfim, o filme. Não diria que é muito engraçado não, viu? Quer dizer, muita gente riu (certas vezes em momentos e cenas inconvenientes), mas foi pouco. E não nem a questão das piadas serem ruins, porque não tem muita piada, por isso que o filme é tão fraquinho no quesito humor. Dory, aquela peixinha coadjuvante do 1º filme que ajudou o pai de Nemo a encontrá-lo, é a principal desta continuação. Dory sofre de memória anterógrada (perda de memória recente) e, aos poucos, começa a se lembrar de seus pais, e decide ir atrás deles para reencontrá-los. Da Austrália, Dory, Marlin e Nemo vão até a Califórnia, num certo Instituto de Vida Marinha, o lugar de onde Dory havia se lembrado. Lá, eles acabam, acidentalmente, se separando. Dory parte para uma longa jornada ao lado de um polvo "fujão" que tem medo do oceano ao encontro de seus familiares e Marlin e Nemo tentam achá-la.
Algumas coisas em relação a esse novo filme são bem divertidinhas. Como eu não tinha muitas expectativas acerca Procurando Dory (lembrando que estamos falando da sequência de um grande filme), então algumas coisas em parte foram surpresas e outras foram indiferentes. Achei peculiar a participação especial da Marília Gabriela como a porta-voz do santuário aquático, até porque eu achei bem estranho terem posto ela. Como era de se pensar, a Marília Gabriela participou apenas da dublagem nacional. A dubladora da versão original foi a Sigourney Weaver. Não sei se a escolha foi equivalente, mas confesso que foi estranho, até porque quase não dá pra reconhecer a voz da Marília Gabriela. Será que foi a dublagem?
Os dubladores do primeiro, na versão nacional (vi dublado) continuam os mesmos, pela voz, e os dubladores da versão original também (Ellen DeGeneres como Dory, Albert Brooks como Marlin, menos o Nemo, que foi dublado por outra criança dessa vez).
Procurando Dory explora metaforicamente as relações e os conflitos familiares de maneira até mais complexa do que a abordagem de Procurando Nemo, embora mantenha-se a mesma seriedade e estética. É mais provável que os adultos compreendam mais e se identifiquem com os elementos mais minuciosos da história, afinal, são as crianças dentro deles que esperaram treze anos pelo retorno triunfal de Dory, Nemo & cia.. Mas, é claro, isso não impossibilita de jeito algum o entretenimento e interação da criançada, que certamente ficará fascinada com as cores, o ritmo e os personagens desta aventura infantil de mão cheia.
Procurando Dory (Finding Dory)
dir. Andrew Stanton & Angus MacLane - ★★★
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