O fim de semana não foi nada legal. Sexta acordei com uma dor de garganta extremamente irritante que piorou com a noite (era tão incômodo que eu quase não podia falar). Na manhã de sábado, o desconforto havia cessado, mas o resfriado não. Andei bastante no sábado com a minha irmã na rua e, no fim da tarde, comecei a sentir fortes dores na região abdominal, que pioraram com o passar das horas. Não resisti ao sono e acabei dormindo bem cedo, mesmo sentindo tanta dor. De madrugada, acordei enjoado e a dor persistia. O alívio veio quando botei tudo pra fora. Hoje estou um pouco melhor e até pude comer sem sentir ânsia de vômito. Não faz nem um ano que fiquei nessa mesma situação. Acho que até cheguei a comentar aqui no blog. Como eu sou uma pessoa que não gosta de ficar parada, ficar doente é sempre um caos. Acho que amanhã estarei melhor.
Bom, pelo menos, filme eu vi até demais. Só ontem assisti Ironweed, do falecido Hector Babenco, e O Tigre e o Dragão, de Ang Lee. Da noite de sábado para a madrugada hoje, vi Um Jantar para Idiotas e mais cedo hoje conferi Amor por Direito. Escolhi falar sobre O Tigre e o Dragão. Por ser um filme tão louvado e aclamado, vencedor de 4 Oscars e indicado a muitos mais outros, vencedor de 2 Globos de Ouro e outros inúmeros prêmios, a gente acaba criando uma expectativa bem otimista em torno do filme, que é excepcional, um trabalho muito bem-feito e extraordinariamente bem dirigido. Mas, confesso que faltou pouco para o filme ser uma obra-prima. É, de fato, um grande filme, mas que deixa a desejar em certos pontos.
Tecnicamente, é perfeito. Não me estranha o filme ter recebido todos aqueles Oscars (Fotografia, Direção de Arte e Trilha Sonora) e outras indicações técnicas. É muito justo, aliás. Tecnicamente falando, pode-se dizer que O Tigre e o Dragão é imensamente versátil, irreparável. Se a gente for comparar com outros filmes do Ang Lee, os mais próximos no quesito técnico são As Aventuras de Pi e Razão e Sensibilidade, ainda que eu não tenha conferido todos os filmes dele. Meu favorito continua sendo O Segredo de Brokeback Mountain.
As sequências de luta e kung-fu são realmente impressionantes. Os espadachins flutuando pelos ares, aqueles movimentos perigosos e tentadores. É tudo muito emocionante e bem-feito. E não é só as cenas de ação que merecem mérito. Os diálogos do filme são brilhantes, carregados de uma filosofia potencial acerca dos valores da vida e do amor. Não tem como não ficar encantado com tamanho espetáculo de reflexão, tão poderoso e marcante.
O elenco está fenomenal. Michelle Yeoh e Zhang Ziyi (em seu filme-revelação), as protagonistas femininas, estão ótimas. O mesmo digo de Chow Yun-fat, que também está excelente. É uma lástima atores orientais serem tão subestimados.
Tirando que eu esperava mais e algumas passagens chatinhas do filme, no fundo eu gostei bastante. Ang Lee é um diretor fantástico, o melhor dos melhores. Seu filme mais bem dirgido é O Tigre e o Dragão. Destaque para as cenas de ação riquíssimas e outras mais sequências notórias ao longo do filme. O Tigre e o Dragão é brilhante, dono de um poder próprio, de uma sofisticação épica incrível e uma atmosfera cinematográfica inesquecível. É impossível dizer não a um filme tão genial como esse.
O Tigre e o Dragão (Crouching Tiger, Hidden Dragon)
dir. Ang Lee - ★★★★
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