30. A Grande Aposta, de Adam McKay

29. Creed – Nascido para Lutar, de Ryan Coogler
28. Sully – O Herói do Rio Hudson, de Clint Eastwood

27. É o Amor, de Paul Vecchiali
26. A Bruxa, de Robert Eggers
25. Romance à Francesa, de Emmanuel Mouret
24. Jovens, Loucos e Mais Rebeldes, de Richard Linklater
23. Boi Neon, de Gabriel Mascaro
22. Anomalisa, de Charlie Kaufman & Duke Johnson
21. Tangerine, de Sean S. Baker
20. Café Society, de Woody Allen
19. Demônio de Neon, de Nicolas Winding Refn
18. A Chegada, de Denis Villeneuve

17. Amor & Amizade, de Whit Stillman
16. Cemitério do Esplendor, de Apichatpong Weerasethakul
15. Invasão Zumbi, de Yeon Sang-Ho
14. Julieta, de Pedro Almodóvar
13. Os Oito Odiados, de Quentin Tarantino
12. Depois da Tempestade, de Hirokazu Koreeda
11. Spotlight – Segredos Revelados, de Tom McCarthy
10. O Que Está Por Vir, de Mia Hansen-Løve
9. A Academia das Musas, de José Luis Guerín
8. A Assassina, de Hou Hsiao-Hsien
7. Do Que Vem Antes, de Lav Diaz
6. O Cavalo de Turim, de Béla Tarr & Ágnes Hranitzky

5. Aquarius, de Kleber Mendonça Filho

4. Certo Agora, Errado Antes, de Hong Sang-Soo
3. Sieranevada, de Cristi Puiu
2. Elle, de Paul Verhoeven
1. Carol, de Todd Haynes
HORS CONCOURS

Visita ou Memórias e Confissões, de Manoel de Oliveira
26. A Bruxa, de Robert Eggers
25. Romance à Francesa, de Emmanuel Mouret
24. Jovens, Loucos e Mais Rebeldes, de Richard Linklater
23. Boi Neon, de Gabriel Mascaro
22. Anomalisa, de Charlie Kaufman & Duke Johnson
21. Tangerine, de Sean S. Baker
20. Café Society, de Woody Allen
19. Demônio de Neon, de Nicolas Winding Refn
18. A Chegada, de Denis Villeneuve

17. Amor & Amizade, de Whit Stillman
16. Cemitério do Esplendor, de Apichatpong Weerasethakul
15. Invasão Zumbi, de Yeon Sang-Ho
14. Julieta, de Pedro Almodóvar
13. Os Oito Odiados, de Quentin Tarantino
12. Depois da Tempestade, de Hirokazu Koreeda
11. Spotlight – Segredos Revelados, de Tom McCarthy
10. O Que Está Por Vir, de Mia Hansen-Løve
9. A Academia das Musas, de José Luis Guerín
8. A Assassina, de Hou Hsiao-Hsien
7. Do Que Vem Antes, de Lav Diaz
6. O Cavalo de Turim, de Béla Tarr & Ágnes Hranitzky

5. Aquarius, de Kleber Mendonça Filho

4. Certo Agora, Errado Antes, de Hong Sang-Soo
3. Sieranevada, de Cristi Puiu
2. Elle, de Paul Verhoeven
1. Carol, de Todd Haynes
HORS CONCOURS

Visita ou Memórias e Confissões, de Manoel de Oliveira
MENÇÕES HONROSAS
O Ignorante, de Paul Vecchiali
Ave, César!, de Joel & Ethan Coen
Fogo no Mar, de Gianfranco Rosi
Brooklyn, de John Crowley
Mais Forte que Bombas, de Joachim Trier
Mãe Só Há Uma, de Anna Muylaert
Rua Cloverfield, 10, de Dan Trachtenberg
Zootopia, de Bryon Howard, Rich Moore & Jared Bush
O Regresso, de Alejandro González Iñárritu
Cinco Graças, de Deniz Gamze Erguven
O Vale do Amor, de Guillaume Nicloux
IMPRESSÕES
Há um ano, despedia-me de 2015 com a esperança habitual de que o próximo ano viria recheado de coisas boas e sucesso, e também com uma forte sensação de que aquele ano teria sido bastante problemático mas, àquela altura, quem preveria que 2016 seria um ano ainda mais difícil e puxado? Tanto na minha vida pessoal quanto no mundo em si, abarcaram problemas, emblemas, situações de difícil resolução e uma série de turbulências que só tendem a enegrecer as minhas lembranças deste ano fatídico que, apesar de tudo, foi um ano cinematográfico excelente. E é justamente com os filmes que a gente aprende a superar as nossas dificuldades e a continuar vivendo independente do que for. E, num mundo cada vez mais marcado pelo ódio entre as pessoas, injustiça, maldade, sofrimento e tragédia, é preciso encontrar forças para seguir com a nossa vida e não cair na descrença de um mundo melhor, que mais e mais se distancia das nossas enfraquecidas esperanças.
Enfim, 2016 se despede da gente e, nesta passagem de fim de ano, renasce a esperança de que tudo vai ficar bem neste novo ano que nasce. Vamos parar com esse negativismo e trazer positivismo para 2017. É preciso ter esperança, apesar de tudo. E, como eu dizia, se 2016 foi um ano tão irregular no geral, pelo menos no cinema foi um grande ano, digamos. Estreias de primeira classe, dos diretores mais badalados e queridos, foram festejadas nesse ano cinematográfico que veio acompanhado de filmes maravilhosos – alguns deles os melhores que eu certamente já vi – e que enriquecem a nossa impressão deste panorama tão fortalecido.
O blog ficou relativamente parado em 2016, e eu escrevi poucas críticas neste ano, comparado à frequência com a qual eu escrevia sobre filmes no ano passado. No entanto, essa ausência foi recompensada com a quantidade de filmes que eu conferi em 2016 – bati meu recorde – e também algumas revisões importantes, como Pulp Fiction – Tempos de Violência, Crimes e Pecados, Melancolia e Tudo Sobre Minha Mãe.
Mais uma vez, em 2016 o empoderamento feminino fez-se presente e estes tempos parecem indicar mais e mais que a mulherada está determinada a conquistar seus direitos e tornar o mundo um lugar mais igual para todos, mulheres e homens, negros e brancos, seja quem for. É a nova revolução feminina, minha gente! No cinema também foi desse mesmo jeito. Assim como tivemos grandes obras protagonizadas por mulheres, como Carol, Elle, Aquarius (a pérola nacional do ano), A Assassina e O Que Está Por Vir, várias diretoras potentes entraram na briga com filmes fantásticos, como Andrea Arnold e seu Docinho da América, Mia Hansen-Løve e O Que Está Por Vir, Kelly Reichardt e Certas Mulheres, Anna Muylaert e Mãe Só Há Uma, Uda Benyamina e Divinas, Ava DuVernay e A 13ª Emenda, entre outras.
O grande filme de 2016 pra mim foi Carol. Lindo do primeiro ao último frame. Jamais vou esquecer esse filmaço. Um dos mais belos retratos de uma história de amor que alguém poderia fazer. Logo em seguida, vem Elle, o retorno do diretor holandês Paul Verhoeven às telonas depois de exatos 10 anos desde A Espiã. O filme é protagonizado por Isabelle Huppert, a rainha do cinema francês e a melhor atriz do ano, que também estrelou o filosófico "takeaway" O Que Está Por Vir. Ela, como de costume, está excelente em ambas as produções. Este foi um ótimo ano para a bela Huppert que a cada ano se supera. Aliás, no Brasil cinco filmes estrelados por ela chegaram aos cinemas, incluindo O Vale do Amor, Fique Comigo e Mais Forte que Bombas. Um presentão, hein?
Não consegui incluir o filme-testamento de Manoel de Oliveira, Visita ou Memórias e Confissões, na lista dos melhores do ano. Por isso, o filme ficou de fora, como HORS CONCOURS, porque não há como incluir um filme tão bonito, particular e único numa lista como essa. Obrigatório e belíssimo.
Visto recentemente, O Cavalo de Turim foi uma das sessões mais desconcertantes e potentes do ano. O último filme do mestre húngaro Béla Tarr, co-dirigido por sua mulher, é um daqueles filmes únicos, tenebrosos e filosóficos. Aquarius, o melhor filme nacional do ano, fez bonito em Cannes, onde até rolou um protesto polêmico realizado pela equipe do longa, e tem Sonia Braga na atuação mais memorável da carreira dela.
Certo Agora, Errado Antes, possivelmente a obra-prima do cultuado diretor coreano Hong Sang-Soo – uma das descobertas cinematográficas mais abrasadoras de 2016 – chegou às telonas para mexer com o nosso consciente com brincadeiras envolvendo estrutura, trama e repetição. Simplesmente impagável.
Lembraremos de Do Que Vem Antes como o filme mais desafiador do ano. Seis horas de duração. Uma experiência extasiante. Outra obra excêntrica e riquíssima de Lav Diaz pintou no circuito no começo do ano. É uma prova inegável da talento do diretor filipino que a cada filme se revela um autêntico mestre no que faz. Seu cinema é quase um gênero.
A Assassina e sua beleza hipnótica, um épico gratificante e repleto de momentos atordoantes. A Academia das Musas veio para nos questionar sobre a existência, numa das sessões mais tematicamente complexas e intelectuais dos últimos anos. Spotlight – Segredos Revelados, o notório vencedor do Oscar de Melhor Filme deste ano, é uma antítese muito bem elaborada centrada no trabalho de jornalistas do The Boston Globe investigando casos de assédio infantil na Igreja Católica.
Sentimental sem ser piegas, Depois da Tempestade chegou de surpresa para emocionar o espectador com a história de um pai divorciado e sua relação com o filho. Do diretor japonês Hirokazu Koreeda, um exemplar de pura sensibilidade e afeto. O explosivo e sangrento Tarantino retornou também com uma subestimada obra verborrágica, o excelente Os Oito Odiados.
Julieta trouxe duas atrizes ímpares contracenando em uma história sobre passado, amores e laços de família, atenuadas pelo estilo magistral do sempre brega e único Pedro Almodóvar. Invasão Zumbi é aquele tipo de filme de zumbi que todo mundo vai gostar. Cemitério do Esplendor, o novo filme de Weerasethakul, é uma reflexão surreal sobre crenças.
Demônio de Neon, outra fita surreal de 2016, traz Elle Fanning na pele de uma jovem modelo bonitinha e inocente que se depara com um universo sombrio rumo ao estrelato, ao estilo Winding Refn de contar histórias. Vou lembrar de Café Society como um filme mágico, encantador, que me deixou comovido, nas nuvens. Woody Allen continua firme e forte com seu cinema.
Tangerine, filmado em um iPhone, pegou muita gente de surpresa em 2016. Ninguém estava esperando que este iria ser um dos melhores filmes do ano. Anomalisa, a única animação da lista, foi uma experiência tão emotiva e sensível que eu chorei. Eu sei, pode parecer doideira, mas eu me emocionei.
Boi Neon é o exemplar que projeta a força do cinema nacional e nos faz ter orgulho de ter Gabriel Mascaro no nosso time. O rapaz prometeu, e cumpriu. Entrou para o páreo dos gigantes. Dois anos depois de Boyhood, Richard Linklater voltou com o gostoso Jovens, Loucos e Mais Rebeldes, um dos destaques de 2016. Num ano de tantos e tantas falsianes, Amor & Amizade, uma trama de época recheada de intrigas, desencontros amorosos e uma personagem principal pra lá de falsiane num cenário de luxo e riquezas, figurinos estonteantes e penteados exacerbados, fez-se necessário (risos).
O claustrofóbico O Filho de Saul trouxe uma perspectiva cruel e desumana da realidade do Holocausto. A Bruxa, o melhor filme de terror do ano, é uma evolução radiante do cinema independente, e também conta com a participação de uma das revelações do ano, a talentosa Anya Taylor-Joy. É o Amor, o primeiro filme do diretor francês Paul Vecchiali que eu vejo, é um anti-romance formidável e embebido de estilo e sensação.
Enfim, 2016 foi um ano de altos e baixos. Na torcida para que 2017 venha repleto de melhorias em todos os sentidos.
À todos, um próspero ano novo!
FELIZ 2017!
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