As performances de George Clooney, Tom Wilkinson e Tilda Swinton (brilhantes) ainda continuam sendo os melhores motivos para se ver este filme. Se por um lado Tony Gilroy acerta ao apostar em um mecanismo de tensão que movimenta a trama e traça paralelos entre os personagens criando um ritmo de fluidez impressionante, por outro acaba desvalorizando a mise-en-scene (a fotografia, excessivamente cinzenta, é tanto prejudicada com essa manutenção constante de suspense quanto ajuda a desenvolver uma noção bastante estável de solidez visual) e acaba focando mais em um roteiro que, apesar de saber o que quer, acaba caindo na própria incerteza de polarizar as tensões entre os personagens e arquitetar uma atmosfera de thriller, mesmo que esta não se revele tão facilmente. Há um favorecimento incrível por parte do elenco e também da trilha sonora magnética de James Newton Howard. No que diz respeito a dirigir os atores, Gilroy está um passo à frente. Embora não se possa dizer que é frustrante/decepcionante o suspense que ele tenha criado dentro de uma redoma de relações elétricas e pulsantes, permanece a sensação de que esta poderia ter sido trabalhada de maneira mais densa e consistente.
Conduta de Risco (Michael Clayton)
dir. Tony Gilroy
★★★½
É um bom filme, mesmo tendo ficado abaixo do esperado.
ResponderExcluirAbraço
Sim, confesso que eu esperava mais, porém tem vários momentos bons.
ResponderExcluirAbraço, Hugo!