O primeiro filme do figurinista de renome Tom Ford é um trabalho muito bonito de se ver, que até um certo ponto consegue se sustentar, mas que amarga quando se aproxima do final. A verdade é que é um filme excelentemente bem fotografado e esta é a única razão pela qual deve-se vê-lo. É claro, temos a performance exuberante de Colin Firth, mas que perde um pouco da graça que ostenta nas cenas iniciais com um desfecho preguiçoso.
Claramente, há momentos extremamente bonitos e interessantes de se acompanhar. Direito de Amar não chega a ser um filme maçante por conta dos belos cenários, das cenas saturadas, dos figurinos de época, das cores sempre vívidas e da estilosa mise-en-scene de Tom Ford. Por mais que seja desleixado, é um trabalho cuidadoso, estiloso, revolto em uma camada de seda tão fina e macia que a gente sente do outro lado. É prazerosamente tenro assistir a um filme tão delicado assim e que apresenta um personagem tão enigmático. Sensibilidade e estilo definem Direito de Amar.
A estética plástica se aproxima de um retrato modernizado dos anos 50 e que também expressa as características e a personalidade de George, interpretado excepcionalmente por Colin Firth. Outra performance de destaque é a de Julianne Moore, como a ex-mulher desvairada do personagem. Aquela cena da dança é bastante curiosa justamente por conta da presença dela, que é uma atriz maravilhosa e talentosíssima, e aqui, por mais que sua participação seja pequena, deixa sua marca.
Enfim, mesmo que seja um tanto decepcionante quanto à estrutura irregular e a duração cansativa, Direito de Amar faz-se importante pela caracterização da homossexualidade de um homem e sua vida "pacata" entre amores, desilusões e desejos, e sua relação consigo mesmo e com o mundo ao redor. Firth está ótimo, só pra finalizar. Não percam essa pérola.
Direito de Amar (A Single Man)
dir. Tom Ford - ★★★
Enfim, mesmo que seja um tanto decepcionante quanto à estrutura irregular e a duração cansativa, Direito de Amar faz-se importante pela caracterização da homossexualidade de um homem e sua vida "pacata" entre amores, desilusões e desejos, e sua relação consigo mesmo e com o mundo ao redor. Firth está ótimo, só pra finalizar. Não percam essa pérola.
Direito de Amar (A Single Man)
dir. Tom Ford - ★★★
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