Com os ingressos caros, cinemas distantes e dinheiro de pouco, o hábito de ir ao cinema infelizmente está diminuindo e tornando-se um luxo cada vez mais restrito a produções de porte "sucesso de bilheteria". O cinema mais próximo aqui da minha casa (o único da região) oferece opções de filmes que justamente são ou de grandes estúdios ou cogitados para atingir um padrão de bilheteria. O Cine Itaim Paulista passou por uma reforma do ano passado pra cá, ganhou poltronas novas e uma sala 3D. De quebra, os ingressos (que nem eram tão caros assim) ficaram mais caros. O legal é ir prestigiar o filme e apreciar a qualidade do cinema.
A fila para Doutor Estranho, em pleno feriado às 4 da tarde, estava tão grande que foi parar na porta do banheiro do cinema. Eu e minha irmã pensamos que não teria lugar para sentar. Para a nossa surpresa, tinha. Aliás, acho que ninguém precisou sentar no chão (como aconteceu na sessão de X-Men: Apocalipse em maio). A Marvel continua a atrair muita gente às salas de cinema, e esse rito progredirá com o passar do tempo e o surgimento de novas histórias e personagens.
Em Doutor Estranho, Benedict Cumberbatch interpreta Dr. Stephen Strange, um cirurgião genial com "mãos de ouro" e que nunca falha durante uma operação. Certo dia, o cara sofre um acidente de carro. Suas mãos ficam irreversivelmente fraturadas e ele decide ir buscar ajuda em um refúgio espiritual em Nepal. Lá, ele conhece um lugar sagrado e místico, que o fará descobrir seus poderes sobrenaturais e espirituais, que o fará navegar pelas dimensões numa dura luta contra o mal.
Scott Derrickson, diretor de produções notórias do gênero terror – como O Exorcismo de Emily Rose, A Entidade e Livrai-nos do Mal – faz sua estreia na Marvel com uma produção que explora o que os olhos não veem. Aliás, o visual é algo excepcionalmente bem explorado em Doutor Estranho. Não à toa, a fotografia é um dos elementos mais inesquecíveis e impactantes dessa superprodução.
O elenco estelar é uma boa pedida para quem quer fugir dos "filmes de super-herói de sempre", até porque nem sei se Doutor Estranho pode ser classificado como um "filme de super-herói". Além de Cumberbatch, que está fantástico, temos Tilda Swinton, Chiwetel Ejiofor, Mads Mikkelsen (o vilão dos vilões), Rachel McAdams e Michael Stuhlbarg.
Quando o clima intenso e dramático da trama dava uma pausa, o público aproveitava para gargalhar das piadinhas e do contraponto cômico de Doutor Estranho, centrado em personagens secundários e momentos oportunos. Lembrando que esse ano já tivemos um filme de super-herói exclusivamente cômico da Marvel – Deadpool – ainda mais quando a ideia de comédia não combina muito com Doutor Estranho. No mais, foi um ótimo ano para a Marvel. Só fiquei desapontado com X-Men: Apocalipse, mas por outro lado adorei Deadpool e Doutor Estranho, dois destaques de peso da produtora. Alguns até já estão apostando em Doutor Estranho ao Oscar, hein. E seria muito merecido caso o filme ganhasse algumas indicações (essencialmente em efeitos visuais, direção de arte e maquiagem/penteados). Tecnicamente falando, Doutor Estranho é fascinante. Fotografia, trilha, sonoplastia, e até figurinos...
A conclusão chega um pouquinho atrasada. Se sua duração não fosse tão longa, acho que Doutor Estranho de certa forma seria um bocado mais digerível. Não sei se sou muito apressado pra ver filme, mas senti que a solução final demorou bastante para se concretizar. Enfim, trata-se de um dos filmes mais interessantes e importantes da Marvel. Quem gosta dos filmes da produtora não pode perder esse, que é simplesmente um espetáculo.
Doutor Estranho (Doctor Strange)
dir. Scott Derrickson - ★★★★
Scott Derrickson, diretor de produções notórias do gênero terror – como O Exorcismo de Emily Rose, A Entidade e Livrai-nos do Mal – faz sua estreia na Marvel com uma produção que explora o que os olhos não veem. Aliás, o visual é algo excepcionalmente bem explorado em Doutor Estranho. Não à toa, a fotografia é um dos elementos mais inesquecíveis e impactantes dessa superprodução.
O elenco estelar é uma boa pedida para quem quer fugir dos "filmes de super-herói de sempre", até porque nem sei se Doutor Estranho pode ser classificado como um "filme de super-herói". Além de Cumberbatch, que está fantástico, temos Tilda Swinton, Chiwetel Ejiofor, Mads Mikkelsen (o vilão dos vilões), Rachel McAdams e Michael Stuhlbarg.
Quando o clima intenso e dramático da trama dava uma pausa, o público aproveitava para gargalhar das piadinhas e do contraponto cômico de Doutor Estranho, centrado em personagens secundários e momentos oportunos. Lembrando que esse ano já tivemos um filme de super-herói exclusivamente cômico da Marvel – Deadpool – ainda mais quando a ideia de comédia não combina muito com Doutor Estranho. No mais, foi um ótimo ano para a Marvel. Só fiquei desapontado com X-Men: Apocalipse, mas por outro lado adorei Deadpool e Doutor Estranho, dois destaques de peso da produtora. Alguns até já estão apostando em Doutor Estranho ao Oscar, hein. E seria muito merecido caso o filme ganhasse algumas indicações (essencialmente em efeitos visuais, direção de arte e maquiagem/penteados). Tecnicamente falando, Doutor Estranho é fascinante. Fotografia, trilha, sonoplastia, e até figurinos...
A conclusão chega um pouquinho atrasada. Se sua duração não fosse tão longa, acho que Doutor Estranho de certa forma seria um bocado mais digerível. Não sei se sou muito apressado pra ver filme, mas senti que a solução final demorou bastante para se concretizar. Enfim, trata-se de um dos filmes mais interessantes e importantes da Marvel. Quem gosta dos filmes da produtora não pode perder esse, que é simplesmente um espetáculo.
Doutor Estranho (Doctor Strange)
dir. Scott Derrickson - ★★★★
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