Hoje eu vou falar um pouquinho sobre uma das estreias mais imperdíveis do ano que eu tive o prazer de conferir essa semana com exclusividade, a pouco menos de algumas semanas para que o filme entre em cartaz aqui no Brasil. Sully – O Herói do Rio Hudson é o mais novo filme de Clint Eastwood. Como diziam as expectativas, eis mais um sucesso estrondoso desse cineasta celebrado que dificilmente erra a mão.
Neste filmaço, Tom Hanks (em uma performance magnífica) vive Chesley Sullenberger, um piloto que ficou famoso mundialmente após ter feito uma aterrissagem improvisada em pleno rio Hudson, em Nova York, no ano de 2009. O filme relata a pressão enfrentada por Sully ao ter que encarar as investigações em cima desse evento milagroso. Enquanto tido como um herói pela população e por aqueles que salvou, Sully sofreu acusações de ter forjado a falha nas turbinas.
Neste filmaço, Tom Hanks (em uma performance magnífica) vive Chesley Sullenberger, um piloto que ficou famoso mundialmente após ter feito uma aterrissagem improvisada em pleno rio Hudson, em Nova York, no ano de 2009. O filme relata a pressão enfrentada por Sully ao ter que encarar as investigações em cima desse evento milagroso. Enquanto tido como um herói pela população e por aqueles que salvou, Sully sofreu acusações de ter forjado a falha nas turbinas.
E se Sully fica aquém do sucesso anterior de Eastwood, o maravilhoso Sniper Americano, certamente merece ser reconhecido como um de seus trabalhos mais instigantes e motivados atualmente, um destaque em uma filmografia repleta de obras. Pra quem é fã do trabalho do diretor, a boa notícia é que Sully deverá agradar principalmente a quem está mais próximo do estilo do cineasta e dos elementos de seu cinema. Clint lança um olhar crítico e ácido sobre a influência da mídia americana na vida das pessoas e às irregularidades nas investigações de companhias aéreas.
Centralmente, Sully é sobre o homem comum que se depara com uma realidade completamente diferente de tudo que ele jamais pensou. Da profissão que rege com amor, surge a fama, a pressão e a inconstância. Tudo o que vemos em tela é essa desesperada luta de Sully para voltar à vida normal, à "rotina" de sempre, se livrar daquelas acusações infames e voltar para a casa, para a sua família. Voltar a ser um homem comum.
O curioso é que o "momento de fama" de Sully é retratado com bastante conformidade, sem que haja intenção de horrorizar toda a repercussão do caso e a fama nacional do piloto. Na grande parte dos planos, vemos um Sully cansado, abatido pelo acidente, ainda chocado, assustado. A exposição à pressão da mídia e as investigações atribuladas trazem ainda mais cansaço e choque a um homem que acabou de passar por uma experiência muito delicada, traumática de sua vida, e que não está conseguindo se recompor.
Aaron Eckhart, que atua ao lado de Tom Hanks como o co-piloto, está em uma atuação maravilhosa. Indignado e revoltado com toda aquela situação, o rapaz não se cansa de repetir que "as investigações não servem para nada" e que "Sully é um herói, não o culpado da história", num contexto que adere à fama popular do piloto naquela época como o cara que salvou mais de cem pessoas de um terrível acidente, e que é julgado posteriormente por fraude. A América dos justos nos dias de hoje.
A fotografia excelente de Tom Stern aposta em tons pálidos, cinzas e escuros para traduzir a seriedade e o impacto de toda a situação que cerca e amedronta Sully, a ameaça invisível de um acontecimento tão inexplicavelmente bem-sucedido e seu trágico oposto. A edição é caprichadíssima, até mesmo em algumas cenas mais discretas, como sequências de puro diálogo, há um trabalho de edição magnífico por trás delas.
Enfim, já digo que Sully é um dos melhores de 2016. A cada filme, Clint Eastwood demonstra e redemonstra a sua força por trás das câmeras ao assumir projetos decisivos e impactantes, de cunho moral elevado e potência técnica. O foco é a humanidade, o que há de mais humano em nós diante de conflitos e debates, seja com a nossa própria pessoa, com os riscos interiores ou exteriores. É mais um exemplar digno e plausível desse que cara que é um dos maiores diretores da história. Vejam!
Sully – O Herói do Rio Hudson (Sully)
dir. Clint Eastwood - ★★★★
Centralmente, Sully é sobre o homem comum que se depara com uma realidade completamente diferente de tudo que ele jamais pensou. Da profissão que rege com amor, surge a fama, a pressão e a inconstância. Tudo o que vemos em tela é essa desesperada luta de Sully para voltar à vida normal, à "rotina" de sempre, se livrar daquelas acusações infames e voltar para a casa, para a sua família. Voltar a ser um homem comum.
O curioso é que o "momento de fama" de Sully é retratado com bastante conformidade, sem que haja intenção de horrorizar toda a repercussão do caso e a fama nacional do piloto. Na grande parte dos planos, vemos um Sully cansado, abatido pelo acidente, ainda chocado, assustado. A exposição à pressão da mídia e as investigações atribuladas trazem ainda mais cansaço e choque a um homem que acabou de passar por uma experiência muito delicada, traumática de sua vida, e que não está conseguindo se recompor.
Aaron Eckhart, que atua ao lado de Tom Hanks como o co-piloto, está em uma atuação maravilhosa. Indignado e revoltado com toda aquela situação, o rapaz não se cansa de repetir que "as investigações não servem para nada" e que "Sully é um herói, não o culpado da história", num contexto que adere à fama popular do piloto naquela época como o cara que salvou mais de cem pessoas de um terrível acidente, e que é julgado posteriormente por fraude. A América dos justos nos dias de hoje.
A fotografia excelente de Tom Stern aposta em tons pálidos, cinzas e escuros para traduzir a seriedade e o impacto de toda a situação que cerca e amedronta Sully, a ameaça invisível de um acontecimento tão inexplicavelmente bem-sucedido e seu trágico oposto. A edição é caprichadíssima, até mesmo em algumas cenas mais discretas, como sequências de puro diálogo, há um trabalho de edição magnífico por trás delas.
Enfim, já digo que Sully é um dos melhores de 2016. A cada filme, Clint Eastwood demonstra e redemonstra a sua força por trás das câmeras ao assumir projetos decisivos e impactantes, de cunho moral elevado e potência técnica. O foco é a humanidade, o que há de mais humano em nós diante de conflitos e debates, seja com a nossa própria pessoa, com os riscos interiores ou exteriores. É mais um exemplar digno e plausível desse que cara que é um dos maiores diretores da história. Vejam!
Sully – O Herói do Rio Hudson (Sully)
dir. Clint Eastwood - ★★★★
Obrigado pela crítica. Eu também gostei do filme. O filme Sully, O Herói do Rio Hudson me manteve tenso todo o momento. No elenco vemos Aaron Eckhart e Tom Hanks, dois dos atores mais reconhecidos de Hollywood que fazem uma grande atuação neste filme. Gostei muito, considero que a historia foi bem narrada pelo Clint Eastwood, quem foi responsável da direção. Realmente o recomendo.
ResponderExcluirÉ um filme que foi crescendo no meu pensamento depois que eu assisti. Um dos melhores trabalhos recentes do Clint, sem dúvida.
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