Hoje, nos deixou um dos mais formidáveis e excelentes cineastas de todos os tempos, e o mais longevo: Manoel de Oliveira.
Manoel Cândido Pinto de Oliveira, em seus anos de produção, assinou a direção de trinta e dois filmes, e consagrou-se como um dos maiores, senão o maior, diretor do cinema português, tendo sido responsável por grandes longas como Aniki-Bobó, seu primeiro, A Divina Comédia, A Caixa, A Carta, Um Filme Falado, Espelho Mágico, O Estranho Caso de Angélica e, o último e um dos meus prediletos, O Gebo e a Sombra.
Sua filmografia caracteriza-se pela rígida composição teatral, o que as torna tão únicas ao estilo dele, sem muitos abusos na movimentação da câmera e na fotografia. Tendo então colaborado com diversos astros de seu país, como Luís Miguel Cintra, Leonor Silveira, Diogo Dória, Ricardo Trêpa e Glória de Matos, e muitos mais estrangeiros, tais como Catherine Deneuve, John Malkovich, Jeanne Moreau, Marcello Mastroianni, Lima Duarte e Marisa Paredes, Manoel, mesmo em cadeira de rodas, continuou trabalhando firme e forte no seu tão glorificado ofício, até o último minuto. Prova de que sua paixão pelo cinema resistiu ao mais estrondoso impacto. Não importava qual a condição, estado de saúde ou época, Manoel permaneceu ali, sempre disposto a alimentar seu público com novas histórias. E como somos agradecidos a Manoel por isto.
"Todos sabemos que vamos morrer. É a única certeza que temos. Não tenho medo da morte, tenho medo do sofrimento. É na vida que encontram-se todas as maldades do mundo. A morte é o descanso."
- Manoel de Oliveira
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