Livremente inspirado nos contos de Conan Doyle "Sua Última Promessa" e "Charles Augustus Milverton", o último episódio-em-forma-de-longa-metragem da terceira temporada da aclamada série britânica Sherlock aborda a vida e o diário do lendário personagem Sherlock Holmes se vivesse na atualidade.
Primeiramente fiquei atraído por His Last Vow por conta de Benedict Cumberbatch, famoso ator britânico que recentemente mostrou-se impecável no filme O Jogo da Imitação, pelo qual recebeu uma glamourosa, no entanto merecida, indicação ao Oscar de Melhor Ator Principal na última edição por interpretar o matemático e criptoanalista inglês Alan Turing. Anteriormente ao lançamento da película, já havia ouvido falar do tal Cumberbatch, não só pelo seriado Sherlock, mas por trabalhos cinematográficos anteriores ao que o aclamou, tais como 12 Anos de Escravidão, Desejo e Reparação e O Espião que Sabia Demais, além do ator também ter sido creditado em grandes produções do teatro londrino. Não me estranha que Benedict tenha sido tão glorificado por seu talento, que na verdade, é bem excêntrico e raro.
Até hoje, não tinha assistido à série Sherlock, e por isso, sinto-me terrivelmente arrependido. Por conta da agenda, infelizmente não poderei assistir aos outros três episódios desta temporada nem à das outras duas. Futuramente, ainda planejo dar uma olhadinha nos outros episódios. Enquanto isso, comento aqui "His Last Vow", episódio da 3ª temporada em formato de longa-metragem, indicado e vencedor do Emmy ano passado.
Este episódio demorou um pouqinho a chegar nas emissoras de transmissão a cabo do Brasil, tendo sido exibido no canal brasileiro da BBC ano passado numa única sessão, que infelizmente perdi. Mas acredito que minha opinião não teria mudado. Gostei dessa versão mais modernizada de Sherlock e sua turma, e muito mais adorei a adaptação dos contos clássicos de Conan Doyle nos longos episódios do show. Ainda que parado e por vezes excessivo, não deixa de ser excitante e ricamente divertido observar a eloquente trama que instala-se por meio desta curiosa teia de intrigas e reviravoltas.
Satisfaz ver o empenho do elenco e a tradicionalidade fiel da direção de Nick Hurran. Nem tão diferente transpareceu a caracterização de Holmes, tanto como o velho detetive da Era Vitoriana de hábitos sujos e selvagens, quão primitivos e curiosos quanto neste atroz e informado agente da Londres high-tech do século 21 drogado e criminoso.
Ainda que apenas tenha visto um único
episódio da série, garanto que rende gastar quatro horas e vinte e oito minutos
numa maratona dos quatro episódios da temporada reunidos juntos (o que pretendo
fazer); His Last Vow ainda sim consegue ser uma
memorável aventura, em especial nos aspectos da transformação, o que acredito
que é o mais incrível de tudo aqui.
His Last Vow (S1E4) - ★★★★
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