And the Oscar is not going to... Nicole Kidman! Nicole tentou dar uma de Cottilard aqui, embarcando na onda do diretor francês Oliver Dahan, algo que infelizmente não funcionou, já que eu achava que essa seria a grande volta da australiana. O Oscar certamente não irá para ela, apesar do filme Grace de Mônaco ser regularzinho, dentre os exageros e mimos do retrato de Grace feito aqui por Oliver, diretor plausível de Piaf - Um Hino ao Amor, aqui desapontando o espectador numa nada contundente direção cheia de falhas.
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Pode ser cansativo assistir a Grace de Mônaco, ainda mais quando o filme foca-se num assunto mais sério e complexo: a vida política de Grace durante seu reinado em Mônaco e também pretende narrar planos fictícios na história, o que pode ter resultados bons ou maus (geralmente, o último caso é o mais recorrente). Para aqueles que imaginam que encontraram em Grace de Mônaco algo mais exclamativo, emocional ou popular se enganam. Grace de Mônaco inteiramente fala sobre política, o que pode ser chato, apesar de extremamente interessante. No início, há no entanto uma pequena passagem que relata a carreira cinematográfica, mas é bem rápido, quando Kelly, questionada sobre sua participação num suposto longa de Alfred Hitchock, nega e gera um conflito em Mônaco e Hollywood.
Acredito que Grace de Mônaco é um tanto clichê, ausente de espírito, e repleto de repetições. Kidman, a quem não vejo uma grande performance desde a época de As Horas e Moulin Rouge!, no início da década de 2000, aqui decepciona demais numa atuação sem sal e difícil de engolir.
Contudo, dentre tantos problemas, Grace de Mônaco não deixa de ser um banquete visual estupendo! Digo, a fotografia, a direção de arte, os figurinos, a maquiagem... Tudo em Grace de Mônaco é tão bem feito em questões técnicas. Nesse quesito, é impossível não reconhecer sua importância. Começo pela fotografia equilibrada e artística de Eric Gautier, o mesmo de Um Conto de Natal, que aqui realiza um maravilhoso trabalho. A trilha sonora também não é de se jogar fora. Christopher Gunning, o mesmo de Piaf - Um Hino ao Amor, consegue encantar o sentido auditivo na composição deste filme. Os figurinos de Lepage são supremos, cada um reconstruindo toda a moda dos anos 50-60 de uma forma simplesmente adorável, com cores e tudo o mais possível: uma obra de arte. A direção de arte igualmente é espetacular. E olha... Se não fosse por estes elementos de perfeição técnica, creio que Grace de Mônaco estaria com duas ou até mesmo uma estrela. O elenco, confesso, é bom, só que faltou emoção, como dito. Kidman atua com beleza e regozijo, mas ainda sim falta alguma coisa a complementar o seu papel. Roth é muito atemporal e Langella é praticamente invisível. Um bom elenco, mas fraco neste filme. Só se salva por ser um espetáculo visual deslumbrante e um retrato medianamente bem concluído, embora clicherizado.
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Pode ser cansativo assistir a Grace de Mônaco, ainda mais quando o filme foca-se num assunto mais sério e complexo: a vida política de Grace durante seu reinado em Mônaco e também pretende narrar planos fictícios na história, o que pode ter resultados bons ou maus (geralmente, o último caso é o mais recorrente). Para aqueles que imaginam que encontraram em Grace de Mônaco algo mais exclamativo, emocional ou popular se enganam. Grace de Mônaco inteiramente fala sobre política, o que pode ser chato, apesar de extremamente interessante. No início, há no entanto uma pequena passagem que relata a carreira cinematográfica, mas é bem rápido, quando Kelly, questionada sobre sua participação num suposto longa de Alfred Hitchock, nega e gera um conflito em Mônaco e Hollywood.
Acredito que Grace de Mônaco é um tanto clichê, ausente de espírito, e repleto de repetições. Kidman, a quem não vejo uma grande performance desde a época de As Horas e Moulin Rouge!, no início da década de 2000, aqui decepciona demais numa atuação sem sal e difícil de engolir.
Contudo, dentre tantos problemas, Grace de Mônaco não deixa de ser um banquete visual estupendo! Digo, a fotografia, a direção de arte, os figurinos, a maquiagem... Tudo em Grace de Mônaco é tão bem feito em questões técnicas. Nesse quesito, é impossível não reconhecer sua importância. Começo pela fotografia equilibrada e artística de Eric Gautier, o mesmo de Um Conto de Natal, que aqui realiza um maravilhoso trabalho. A trilha sonora também não é de se jogar fora. Christopher Gunning, o mesmo de Piaf - Um Hino ao Amor, consegue encantar o sentido auditivo na composição deste filme. Os figurinos de Lepage são supremos, cada um reconstruindo toda a moda dos anos 50-60 de uma forma simplesmente adorável, com cores e tudo o mais possível: uma obra de arte. A direção de arte igualmente é espetacular. E olha... Se não fosse por estes elementos de perfeição técnica, creio que Grace de Mônaco estaria com duas ou até mesmo uma estrela. O elenco, confesso, é bom, só que faltou emoção, como dito. Kidman atua com beleza e regozijo, mas ainda sim falta alguma coisa a complementar o seu papel. Roth é muito atemporal e Langella é praticamente invisível. Um bom elenco, mas fraco neste filme. Só se salva por ser um espetáculo visual deslumbrante e um retrato medianamente bem concluído, embora clicherizado.
Grace de Mônaco (Grace of Monaco)
dir. Oliver Dahan - ★★★
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