Orange is the New Black (Laranja é o Novo Preto), um dos mais excelentes trabalhos da Netflix, é uma das atuais séries mais divertidas, engraçadas e inteligentes. O seriado retrata a vida e o diário de uma jovem novaiorquina, Piper Chapman, após ser presa por envolver-se, há muito tempo, com o tráfico de drogas, através de sua ex-namorada Alex Vause.
Até que, confesso, gostei da série. Tem um senso de humor extraordinário, um roteiro exímio (a maioria dos episódios desta temporada levam a autoria de um grupo maravilhoso de roteiristas, incluindo Marco Ramirez, a criadora Jenji Kohan e Sara Hess), e um elenco ainda mais plausível vencedor do SAG Award este ano, a maioria feminina, com destaque para nossa grande protagonista Taylor Schilling, Laura Prepon, Kate Mulgrew, Michelle Hurst (apenas na 1ª), Laverne Cox e, é lógico, a cômica Uzo Aduba, atriz pouco conhecida, mas excepcionalmente talentosa no papel de Suzanne "Olhos Loucos" Warren; Esse pessoal realmente é talentoso, a maioria desconhecida, como dito, mas de um grande talento. Apreciei muito isso, particularmente, da série, de um conteúdo que já tende a exigir mais das atuações.
A primeira temporada é um pouquinho mais "confortável", ainda que pesada. Somos introduzidos às histórias das prisioneiras com quem Piper cria laços afetivos em sua estadia na prisão. Gostaria de dar destaque à dois episódios (um deles o meu favorito desta temporada) que tão amplamente reservam um espaço a narrar a história dessas prisioneiras (uma porção de flashbacks por episódio, começando pela própria Piper no piloto): Lesbian Request Denied (a jornada criminosa de Sophia, e por vez, meu episódio predileto) e Imaginary Enemies (a jornada de Claudette).
Há, é claro, outros mais episódios especiais que a série exibe, como o contundente episódio final Can't Fix Crazy e o ilustre Fucksgiving). A série, em sua terceira temporada (da qual ansiosamente espero) ainda que tenha alguns errinhos de gravação e tal mais, digamos necessários à ela, Orange is the New Black não foge do primor narrativo que tanto a livrou de um fatal clichê, que poderia totalmente destruir a ambiciosidade e a composição da história.
Orange is the New Black, contudo uma comédia atrativa e moderna, não deixa de - em algumas vezes - ser bem dramática. Assim como há episódios que nos fazem chorar de rir, há alguns outros que nos fazem chorar de chorar mesmo. É inegável dizer que Orange is the New Black não daria um bom longa-metragem, tão bom quanto a sua série, uma incrível adaptação do livro de memórias de Piper Kerman, publicado em 2010 e já disponível no Brasil. Muito bom livro, muito boa série. Perfeição humorística é algo inestimavelmente presente e glorioso em OITNB.
Elenco da série recebendo o SAG em janeiro
1ª TEMPORADA: ★★★★★
MELHOR EPISÓDIO: Lesbian Request Denied (E3) - ★★★★★
MENÇÃO HONROSA: Imaginary Enemies (E4) - ★★★★ / Fucksgiving (E9) - ★★★★
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