domingo, 3 de abril de 2016

Crítica: "AMOR POR ACIDENTE" (2015) - ★


Não bastasse ter lançado o infame Joy - O Nome do Sucesso, David O. Russell também trouxe ano passado o ainda inédito nos cinemas nacionais Amor por Acidente, que demorou um tempão para ser concluído. O que acontece é que Amor por Acidente, essa descarada comédia romântica mal-feita e sem sentido, é mil vezes pior que o horrível Joy. Não me estranha o David O. Russell ter assinado a direção do filme sob o pseudônimo de Stephen Greene. Quem iria querer assumir um projeto desses? É muita coragem.

Olha só a confusão: consta-se que as filmagens de Amor por Acidente tiveram início em 2008 (sim, há 8 anos). Na época, o título da produção era Nailed. O filme foi refilmado aproximadamente 14 vezes, sendo todas essas 14 vezes cancelado, por complicações com os pagamentos do elenco e da equipe técnica. Dois anos depois, em 2010, um certo produtor pagou para reiniciarem as filmagens de Nailed, mas o Russell naquele ano desistiu de dirigir o filme. Só em 2014 foi que o Russell decidiu voltar com o projeto, depois da insistência de um produtor. O David O. Russell, espertinho como ele é, pediu para o Directors Guild of America renomear os créditos de direção e roteiro dele para Stephen Greene (ou seja, o David aceitou gravar o filme mas renunciou o seu nome diante dele -- e, acreditem, ele fez a coisa certa).

O filme é desnecessariamente frenético e esquálido Me surpreende alguém ter se interessado em produzi-lo. Amor por Acidente conta a história de uma garçonete de uma pequena cidade que, comprometida com um policial "boa-pinta" da região, vai à um encontro com um rapaz, que deseja se casar com ela, e acaba sendo acidentalmente atingida por um prego na cabeça, devido à uma reforma no lugar. Correndo diversos riscos, ela tenta fazer com que o plano cubra a cirurgia, mas o preço é altíssimo e nem o policial tampouco sua família conseguem custear. É aí que ela tem o plano de ir para Washington, onde irá solicitar a um político medidas em relação à assistência médica urgente e à saúde. 

O filme é um monte de nada, nada, nada e nada. Andaram comparando o filme com Huckabees, o que eu acho completamente vergonhoso, já que de semelhantes Huckabees e Amor por Acidente não tem completamente nada. 

No máximo, o elenco tem seus charmes, ainda que poucos. Por mais que eu nutra certa admiração pela atriz Jessica Biel, aqui ela está totalmente fora do eixo, toda enfeiada e insanamente perdida, sem pra onde ir (não entendi se isso faz parte da personagem dela ou se ela estava mesmo desorientada filmando). As participações do Jake Gyllenhaal e da Keener por pouco não passam em branco. Se salvam o Tracy Morgan, com poucas falas e o James Marsden, que faz o policial bonzão Scott. Fora isso, não vi graça em Amor por Acidente. Sem graça, uma baita perda de tempo.

Amor por Acidente (Accidental Love)
dir. Stephen Greene (David O. Russell) - 

2 comentários:

  1. Chessus!!! que crítica de bicha amarga, mon Dieu! Teria alguma graça se a mal-humorada ao menos soubesse escrever, mas nem isso. Uó!

    ResponderExcluir