domingo, 8 de março de 2015

Crítica: "KILL BILL - VOLUME I" (2003) - ★★★★★


É quase impossível descrever o quão gratificante é chegar ao final de um filme dirigido por Quentin Tarantino. Kill Bill é um daqueles filmes que a gente nunca esquece. Um dos filmes cult mais apreciados pelos cinéfilos contemporâneos, Kill Bill merece não só tal honra mas também reconhecimento por envolver toda uma significância nos seus padrões cinematográficos. 

As cores, as luzes, os cenários, os figurinos... Tudo conspira tão profundamente para que a película consiga fisgar do público a emoção mais extrema, mesmo nas cenas mais fracas. Esse clima inusual de calor com ação maravilha os olhos do espectador. Até o mais inexperiente na área consegue aplaudir Kill Bill pelo seu feito universalmente reconhecível. Qual é o truque de Tarantino, que a cada obra, arrecada os mais efetivos elogios? Qual é o mistério deste gênio? Seguir seus passos é de uma coragem elusiva. Só mesmo Uma Thurman, Samuel L. Jackson, John Travolta e Kurt Russell a aceitarem a difícil, mas ambiciosa chance de interpretar, ou até melhor, protagonizar, um filme deste ícone.


Kill Bill é simplesmente uma lenda. Talvez, vá bem mais além disto. Kill Bill é impressionante. Kill Bill, desde a primeira vez visto, me conduziu a um ilustre universo sangrento e feroz que até nunca conhecido. Essa unicidade reproduz a minha paixão por esta obra. Uma paixão quase a ponto de entrar na cena e contracenar com A Noiva. Foi em Kill Bill que percebi meu amor por esta dama fatal, Uma Thurman, por quem eu já tinha ficado de boca aberta em Pulp Fiction.

Importa lá toda a ficção do filme, quando este induz ao bem mais afortunado limite do gênero, quase chegando a atravessá-lo? Kill Bill é mágico, principalmente. Mágico por que encanta. Mágico por que apaixona. Mágico por que seduz. Mágico por que ilude, mas realiza. Mágico e transcendente. Mágico, transcendente e vivaz. Mágico, transcendente, vivaz e poético. Um elenco que consegue matar a fome por satisfação de quem o assiste.


Resumindo: na sexta vez que o assisto, Kill Bill não perdeu a graça. Manteve o mistério, conduziu a eletricidade e concretizou aplausos. Aplausos altos e longos, à Thurman, à Tarantino, à Richardson, à Liu, à Madsen, à Carradine, e à merecida vingança de Beatrix Kiddo.

Kill Bill - Volume I (Kill Bill - Volume I)
dir. Quentin Tarantino - ★★

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