domingo, 28 de fevereiro de 2016

Crítica: "AS MEMÓRIAS DE MARNIE" (2014) - ★★★★


Recentemente, o Studio Ghibli anunciou que iria encerrar as suas atividades. As Memórias de Marnie, o vigésimo filme da produtora, é o ponto final dessa que é uma das maiores e mais importantes produtoras de animação da história do cinema. O desenho é dirigido por Hiromasa Yonebayashi, diretor do recente Arriety, assinado pelo Studio Ghibli. Ainda não vi o tal, mas confesso que me deliciei com As Memórias de Marnie. Nem de longe é o melhor ou o que podia ser melhor vindo da produtora Ghibli, mas tem uma marca forte dos filmes da empresa e se consagra como um trabalho razoável. Além disso, trata-se de um filme muito bonito com uma história emocionante e que prende a atenção. É bom mesmo.

Na animação, Anna, uma menina de 12 anos solitária e que tem um jeito de depressiva, sofre de asma e, após um ataque na escola, é enviada à casa dos tios no interior. Lá, a garota fica fascinada com uma casa no lago. É aí que ela descobre Marnie, uma garota mestiça (spoiler?) que parece ter vindo de outra época, e que se torna a melhor amiga de Anna, que se apaixona pela guria. 

As Memórias de Marnie carrega um astral de melodrama romântico que desvanece com o final do longa e quando a gente descobre o que é o quê e quem é quem, mas enquanto se estende, na maioria do tempo, é sensacional. A dinâmica da trama nos envolve e ajuda na composição de um desfecho triunfal. O melancólico As Memórias de Marnie, no fim, é um trabalho digno. Não consegue superar as expectativas mas está de bom tamanho. Quem é fã do Studio Ghibli vai gostar. É garantia. Os traços não enganam. E a indicação ao Oscar também foi super merecida, embora esta animação esteja aquém dos dois indicados anteriores do Studio Ghibli na categoria (O Conto da Princesa Kaguya em 2015 e Vidas ao Vento em 2014).

As Memórias de Marnie (Omoide no Mânî)
dir. Hiromasa Yonebayashi - 

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