Uma das maiores decepções do Emmy desse ano foi a Amy Poehler não ter ganhado Atriz em Comédia por Parks and Recreation, que teve sua última temporada lançada esse ano. E o pior é que ela tinha tudo para ganhar num ano sem a Tina Fey muito menos a Lena Dunham, que certamente seriam tarjadas como vencedoras do prêmio. Só mesmo a Edie Falco. E, é lógico, a Julia Louis-Dreyfus, que já tava na cara que ia vencer o prêmio, mais uma vez. Injustiças de lado, decidi ver Parks and Recreation e suas sete temporadas totais como forma de relembrar o seriado, que acabou de acabar, e também a Amy Poehler e seu trabalho televisivo mais aplaudido.
Para a minha surpresa, a primeira temporada de Parks and Recreation (2009) é bem rápida, tem apenas seis episódios com vinte minutos cada. Em compensação, é uma temporada engraçadíssima. Pra quem não conhece muito a Amy Poehler ou só teve a oportunidade de ver a atriz em trabalhos menores como o Saturday Night Live ou as três edições passadas do Globo de Ouro (como eu) poderá gostar bastante de Parks and Recreation, que leva o personagem da atriz no nome, uma inusitada e excêntrica co-diretora do setor de parques e recreação de uma pequena cidadezinha no Indiana que arruma as maiores confusões em seu trabalho pouco agradável que tanto idolatra. Tentando seguir a pose de certinha e organizada, Leslie Knope arranca gargalhadas, ainda mais quando tenta trajar um caráter femininista na política e só consegue se sair como uma criança. Outra coisa que me fez rir pra caramba foi a falta de familiaridade e postura da mulher com discursos.
Parks and Recreation faz uma boa dobradinha com Veep. Ambas as séries discutem o papel feminino dentro da política e a satirizam. Falando em sátira, aí estão dois exemplos de comédia satírica boa. E duas atrizes talentosas. Julia e Amy. Não é por acaso que Parks and Recreation lembra tanto The Office, mockumentary de sucesso, uma vez que elas duas tem como criador Greg Daniels (no caso de The Office, Greg adaptou para a TV americana, o que dá no mesmo), mesmo que Parks and Recreation esteja longe de ser um The Office.
Nesta série, Leslie Knope, filha de uma política da pequena cidade de Pawnee, Indiana, é uma mulher esperançosa, que apoia ideias femininistas na política e luta por mais direitos, além de ter uma enorme vontade de promover o bem-estar da comunidade, raramente sendo sucessiva nesse quesito. Convocada para uma reunião, ela descobre um buraco no meio de uma construção que foi desativada há algum tempo, e que acidentou o namorado de uma enfermeira chamada Ann Perkins. Decidida, Leslie propõe que aterrará o buraco, e nele construirá um parque. A promessa satisfaz a plateia, que fica estonteada com a ideia. A tarefa de Leslie é, então, cumprir essa promessa, algo que não será tão fácil quanto soou.
Pelo que vi, a série julga o papel feminino dentro da política como desvalorizado e extremamente útil, embora as coisas ainda estejam um pouco complicadas e o assunto, mesmo depois de tanto tempo, continue gerando certas polêmicas. A figura da personagem de Leslie Knope, atrapalhada e maluca, mas ainda sim cuidadosa e trabalhadora, certamente não é a completa definição da mulher política, porém é justamente nesse personagem onde essa temporada foca seus objetivos: convencer-nos de que a mulher é uma peça importante no conturbado tabuleiro da política, e que a política é uma total bagunça. Vi trechos das outras temporadas, e por isso não tive a experiência de ver se esses objetivos se prolongam por todas elas também, algo que já virou missão pra mim. Pelos menos, já tenho a certeza da proficiência desta primeira, que nos introduz muito bem o universo de Knope e reflete com perspicácia Amy Poehler e seu talento extraordinário para a comédia.
1ª TEMPORADA: ★★★★
MELHOR EPISÓDIO: The Banquet (E5) - ★★★★
MENÇÃO HONROSA: Pilot (E1) - ★★★★
Parks and Recreation faz uma boa dobradinha com Veep. Ambas as séries discutem o papel feminino dentro da política e a satirizam. Falando em sátira, aí estão dois exemplos de comédia satírica boa. E duas atrizes talentosas. Julia e Amy. Não é por acaso que Parks and Recreation lembra tanto The Office, mockumentary de sucesso, uma vez que elas duas tem como criador Greg Daniels (no caso de The Office, Greg adaptou para a TV americana, o que dá no mesmo), mesmo que Parks and Recreation esteja longe de ser um The Office.
Nesta série, Leslie Knope, filha de uma política da pequena cidade de Pawnee, Indiana, é uma mulher esperançosa, que apoia ideias femininistas na política e luta por mais direitos, além de ter uma enorme vontade de promover o bem-estar da comunidade, raramente sendo sucessiva nesse quesito. Convocada para uma reunião, ela descobre um buraco no meio de uma construção que foi desativada há algum tempo, e que acidentou o namorado de uma enfermeira chamada Ann Perkins. Decidida, Leslie propõe que aterrará o buraco, e nele construirá um parque. A promessa satisfaz a plateia, que fica estonteada com a ideia. A tarefa de Leslie é, então, cumprir essa promessa, algo que não será tão fácil quanto soou.
Pelo que vi, a série julga o papel feminino dentro da política como desvalorizado e extremamente útil, embora as coisas ainda estejam um pouco complicadas e o assunto, mesmo depois de tanto tempo, continue gerando certas polêmicas. A figura da personagem de Leslie Knope, atrapalhada e maluca, mas ainda sim cuidadosa e trabalhadora, certamente não é a completa definição da mulher política, porém é justamente nesse personagem onde essa temporada foca seus objetivos: convencer-nos de que a mulher é uma peça importante no conturbado tabuleiro da política, e que a política é uma total bagunça. Vi trechos das outras temporadas, e por isso não tive a experiência de ver se esses objetivos se prolongam por todas elas também, algo que já virou missão pra mim. Pelos menos, já tenho a certeza da proficiência desta primeira, que nos introduz muito bem o universo de Knope e reflete com perspicácia Amy Poehler e seu talento extraordinário para a comédia.
1ª TEMPORADA: ★★★★
MELHOR EPISÓDIO: The Banquet (E5) - ★★★★
MENÇÃO HONROSA: Pilot (E1) - ★★★★
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