O Oscar costuma ser bastante generoso com as produções independentes. E isso não é de hoje. A Academia adora nomear e condecorar filmes da levada indie nas mais diversas categorias, até mesmo nas técnicas, mesmo que a grande parte dos filmes independentes nomeados estejam longe desse patamar, com raríssimos exemplares à vista, sendo o mais próximo de nós, cronologicamente falando, o eletrizante Whiplash: Em Busca da Perfeição, que arrecadou três Óscares (incluindo dois técnicos) na antepenúltima edição do prêmio. O Oscar 2016 trouxe consigo uma grande safra de indicados indie na sua lista. Até animação brasileira figura.
E um dos filmes desse catálogo que mais tem chamado a atenção da crítica e do público nos últimos tempos foi a co-produção irlandesa/britânica/americana Brooklyn, épico independente do pouco conhecido John Crowley. O drama recebeu 3 indicações, incluindo uma de Melhor Filme. É certo que Brooklyn está bem longe de bater o prêmio principal, isso constatando o atual estado da corrida do prêmio, mas a sua jovem protagonista pode tascar Melhor Atriz nesse ano. E chances ela possui.
A estrela desse trabalho arrebatador tem apenas 21 aninhos, já passou pelo Oscar antes deste filme e está sendo cotadíssima, possivelmente perdendo apenas para a Brie Larson, forte candidata por O Quarto de Jack, na corrida de Atriz Principal. Sim, amigos, ela é a espetacular Saoirse Ronan, garota que já chama a atenção pelo inusual nome, e cativa ainda mais pelo talento ainda mais incomum, exercitado em Brooklyn a melhor atuação da sua tão promissora e já conceituada carreira.
No filme, ambientado na década de 50, Saoirse faz uma jovem irlandesa que está prestes a se mudar para Nova York. Lá, trabalho e casa a aguardam. E, apesar do conforto da vida que leva, sente um enorme aperto no coração por ter deixado a família para trás no país de origem. Ela passa os dias deprimida, pra baixo, sem conversar. Eilis Lacey é aquele tipo de garota certinha, que não se mete em encrencas e serve às ordens que lhe são impostas. Mas quem sai afetado é o território sentimental da ainda menina, que não consegue lidar com a pressão, a saudade, a distância e os auto-questionamentos.
Brooklyn trata-se da chance única, daquelas que surgem misticamente de época em época, como um cometa, de ver uma atriz jovem se amadurecendo em tela, num desempenho esplêndido e inacreditável. Na pele da imigrante Eilis, Ronan é simplesmente maravilhosa em todos os sentidos. Sua performance é digna, inaudita, organizada e estremecedora.
Saoirse se confirma como uma das figuras mais promissoras do universo cinematográfico atual. Brooklyn é a pura prova disso. E é só o começo, imaginem! É uma transição extraordinária. Comparem ao que quiser, inclusive a alguns exemplares semelhantes e recentes, mas Saoirse Ronan é um nome que terá bastante reconhecimento e valor no futuro. E já está tendo, creio eu, não é mesmo?
O mesmo vale para o diretor, John Crowley, que possui poucos títulos na sua curta filmografia e que se revelou com Brooklyn. John trabalha com frequência para a TV (dirigiu muito recentemente dois episódios para True Detective), e seu único filme, antes de Brooklyn, que chegou ao Brasil foi Circuito Fechado, em abril de 2014.
No elenco de Brooklyn, além da radiante Saoirse Ronan, temos a participação do dedicado Emory Cohen, cuja atuação é ótima. Em cena também estrelam a sumida Julie Walters, o Jim Broadbent e o Domnhall Gleeson (que aparece lá pela segunda parte do longa, durante a visita da imigrante irlandesa à terra natal), outro ícone promissor do cinema contemporâneo. O filme segue com um andar muito natural, épico, que dispensa atrativos maiores, conflitos "match" ou quaisquer outros chamarizes. Brooklyn é bom do jeito que é. Um filme bem-feito, caprichado, excelentemente belo, em tudo, um show de competência.
Brooklyn
dir. John Crowley - ★★★★
Brooklyn trata-se da chance única, daquelas que surgem misticamente de época em época, como um cometa, de ver uma atriz jovem se amadurecendo em tela, num desempenho esplêndido e inacreditável. Na pele da imigrante Eilis, Ronan é simplesmente maravilhosa em todos os sentidos. Sua performance é digna, inaudita, organizada e estremecedora.
Saoirse se confirma como uma das figuras mais promissoras do universo cinematográfico atual. Brooklyn é a pura prova disso. E é só o começo, imaginem! É uma transição extraordinária. Comparem ao que quiser, inclusive a alguns exemplares semelhantes e recentes, mas Saoirse Ronan é um nome que terá bastante reconhecimento e valor no futuro. E já está tendo, creio eu, não é mesmo?
O mesmo vale para o diretor, John Crowley, que possui poucos títulos na sua curta filmografia e que se revelou com Brooklyn. John trabalha com frequência para a TV (dirigiu muito recentemente dois episódios para True Detective), e seu único filme, antes de Brooklyn, que chegou ao Brasil foi Circuito Fechado, em abril de 2014.
No elenco de Brooklyn, além da radiante Saoirse Ronan, temos a participação do dedicado Emory Cohen, cuja atuação é ótima. Em cena também estrelam a sumida Julie Walters, o Jim Broadbent e o Domnhall Gleeson (que aparece lá pela segunda parte do longa, durante a visita da imigrante irlandesa à terra natal), outro ícone promissor do cinema contemporâneo. O filme segue com um andar muito natural, épico, que dispensa atrativos maiores, conflitos "match" ou quaisquer outros chamarizes. Brooklyn é bom do jeito que é. Um filme bem-feito, caprichado, excelentemente belo, em tudo, um show de competência.
Brooklyn
dir. John Crowley - ★★★★
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