segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Adeus, WES CRAVEN (1939 - 2015)


Faleceu ontem, em Los Angeles, aos 76 anos, aquele que certamente é um dos mestres mais influentes do gênero terror, de todos os tempos: Wes Craven. Vítima de um tumor no cérebro, Wes deixa uma filmografia espetacular, com filmes que conquistaram e atravessaram gerações e até hoje são marca registrada de seu talento. Como nenhum outro diretor, Wes tinha o domínio do gênero e praticamente, ao surgir na área, remontou completamente a visão que se tinha adentro aqueles filmes.

Quem nunca se pegou paralisado vendo um filme de Wes Craven? Quem não conhece o clássico A Hora do Pesadelo, que marcou a vida de muita gente e até hoje é reconhecido como um dos maiores filmes de terror de todos os tempos? Ou então maior ainda é a fama do nem-tão-antigo-assim Pânico, cuja franquia estendeu-se até o quarto, e provavelmente último, filme, e todos os anteriores dirigidos fielmente por ele. Talvez os sucessores não tenham feito o estrondoso sucesso do clássico primeiro, mas não deixaram de ser em nenhum momento pra lá de tenebrosos.

O que mais dizer deste homem, que em simples palavras já pode ser suficientemente descrito. Disse eu que ele é um inteiro gênio em absolutamente tudo o que faz dentro do cinema, e que raramente é possível encontrar defeitos na carreira sem precendentes dele? Foi bom enquanto durou. Agora, que o eterno pai do Freddie Kruger descanse em paz, pois o lendário ícone que se tornou enquanto vivo e a assombração de seus filmes demorará muito (e talvez nem mesmo acabará) até deixar uma pessoa absolutamente indiferente caso exposta à experiência de ver um terror seu. Mais do que uma exceção, Wes Craven foi e continuará sendo um mestre insubstituível. Enquanto ainda existir Aniversário Macabro, A Maldição dos Mortos-Vivos, A Hora do Pesadelo e seus sucessores, Pânico e seus sucessores, Shocker, Voo Noturno e outras pérolas do tipo, Wes continuará vivendo, isso sem falar em Música do Coração, inspirado drama do diretor que não é terror, mas mostra que além desse gênero ele também tinha controle em outras áreas.

"O primeiro monstro que você deverá utilizar para estremecer o seu público é você mesmo”


- Wes Craven

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