quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Crítica: "KING KONG" (1933) - ★★★★★


Há muitos motivos para justificar o posto de um dos maiores filmes já feitos ocupado por King Kong, clássico imortal da década de 30. O que hoje vemos em abundância, num excessivo desperdício, em vários filmes, a todo tempo - mesmo -, lá em 1933, mesmo com imperfeições e pequenas falhas, mudou o mundo, e maravilhou toda uma geração. E ainda hoje, mesmo com a ação, as bombas, a câmera lenta, e tudo o mais que vem, vejo muito espectador insatisfeito com os efeitos especiais de X filme. A tecnologia de King Kong para a época foi desconcertante e totalmente excepcional. Ao clamar a importância desta obra, não só quero lembrar do impacto da inovação dos efeitos visuais, mas dos muitos truques utilizados na montagem, no som, e também na direção de arte, que é incrível. 

E o pior é que é verdade. Efeitos visuais, mesmo com a tremenda perfeição com a qual são concebidos, muitas vezes nem chegam a agradar tanto o espectador, é lógico, em determinados momentos. Estamos tão acostumados a vê-los. Há destaques, aqueles que ganham nossa atenção, só que em alguns, mesmo com tudo e todos, são bem invisíveis, praticamente. E imaginar o sucesso estrondoso de King Kong, cuja maior parte dos efeitos visuais foram planejados em slow-motion, e os cenários, todos artificiais, onde o grande gorila aparecia eram mesmo pinturas. A obsessão, a insônia, a paixão, o prazer e a atenção de muita gente, naquela época, voltou-se para King Kong.

Inicialmente, hoje, eu faria uma sessão dupla, se tivesse tempo. Aproveitaria e não só veria essa primeira e original versão de King Kong como também a de 2005, que é maior (tem três horas), e cujos efeitos visuais, usados com uma tão aclamada competência por Peter Jackson, são bem atraentes e inusuais. No fim, ver King Kong, nesse ponto, talvez não seja tudo aquilo, ou não cause tanta surpresa, mas fascina. Isso é o que move o filme. Ele, em sequer nenhum momento, te deixa perder o clima. É tudo muito bem feito. E, se vermos por um lado, King Kong equivaleu, lá, o que hoje, para o público, equivale super-produções como Avatar e Os Vingadores, mais recentemente Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros, que levou uma porrada de gente para os cinemas, e de forma alguma os culpo: o filme é ótimo no que diz respeito à efeitos técnicos, especialmente visuais.

Impossível discordar de King Kong. A iconicidade, o poder e o valor deste longa ultrapassam qualquer limite. Afinal, o filme é um marco histórico. Merece nosso reconhecimento, e também das futuras gerações. Queria muito ter visto King Kong nos cinemas, lá em 1933, e sentir na pele a emoção que hoje um filme em 3D transmite. Mas só mesmo deu pra ver em DVD, e não é tão ruim não. A cópia comemorativa da Warner é colorida, e a qualidade é suprema, além de alguns extras formidáveis.

King Kong
dir. Ernest B. Schoedsack, Merian C. Cooper - 

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