domingo, 16 de agosto de 2015

Crítica: "MINIONS" (2015) - ★★★


Muito interessante essa nova animação Minions. Sequência divertidíssima da famosa franquia Meu Malvado Favorito, o foco de Minions são os personagens-ajudantes de Gru da franquia, os bonecos de cor amarela chamados Minions, criaturas bem diferentes, que possuem sua própria linguagem e forma de interação. Ora compreensível e ora sobrenatural, o dialeto dos Minions é apenas um "charme" adicional para enfeitá-los mais ainda. Esses graciosos bonequinhos são as estrelas deste filme que sem dúvida é delicioso e entretedor. 

Estamos no auge da animação computadorizada, com várias produções do gênero sendo lançadas à beça, contrariando as produções de antigamente, feitas à mão, com um limite de filmes sendo lançados a cada ano. Hoje não mais. É cada vez mais desenhos surgindo de todos os cantos, formatos e histórias. O bom é a variedade. O ruim, na boa parte das vezes, é a qualidade. Poucos filmes conseguem sobreviver, como este Minions. O mais irritante dessas animações que perdem a oportunidade de conquistar a adoração do espectador é a falta de excelência e principalmente eloquência. Minions se salvou da tragédia, mas foi por pouco. Seguia um caminho perigoso, mas soube ser conduzido com profissionalismo por uma equipe talentosa.

Neste filme vemos a evolução dos Minions, desde a pré-história, onde os mesmos já mostram a obsessão por obedecer à um mestre, líder, tendo naquela época dinossauros como chefes, até. A partir daí, os Minions apresentam que, apesar da devoção, sempre acabavam por destruir a vida de seus comandantes por serem demais atrapalhados. E daí, vemos seus bosses: os egípcios, o Drácula na Idade Média, Napoleão Bonaparte, até chegar na década de 60 onde os Minions, desesperados e entediados na Antártica em busca de um líder, recebem uma ideia vinda de Kevin para saírem da toca e irem procurar alguém no mundo lá fora. Kevin, acompanhado de Bob e Stuart, dois trapalhões minions, encontram esse líder. Quer dizer, essa líder. A missão das criaturas dada à eles pela ambiciosa Scarlet Overkill é tomar a coroa da Rainha Elizabeth II.

A ideia de Minions é boa, engraçada e palatável, só que quando você sai do cinema bate aquela sensação de que poderia ser melhor, mesmo que o filme seja algo de valor. Falta essência em Minions, mas ele não deixa de agradar em nenhum segundo. Minions lembra muito O Gato de Botas, que eu não gostei muito e era uma espécie de sequência (spin-off) da franquia Shrek (o roteirista de Minions e O Gato de Botas é o mesmo: Brian Lynch). É um filme à parte, muito embora (lá vem spoiler) o final deste aqui traga uma conexão bem declarada à Gru, de Meu Malvado Favorito.

Spin-offs. Minions com certeza não trata-se de um exemplo, mas pode ser visto como algo que funcionou de verdade, por que alguns spin-offs vistos por aí até me enojam de tão ruim que são. Mas Minions é um prequel especial, que chama a atenção com delicadeza e bravura. O elenco vai de Sandra Bullock (Scarlet) até Michael Keaton (Sr. Nelson) passando por Jon Hamm (Herb), Allison Janney (Sra. Nelson), Jennifer Saunders (Rainha Elizabeth II) e Geoffrey Rush (narrador). A direção é assumida pelo mesmo realizador de Meu Malvado e sua sequência, Pierre Coffin, desta vez ao lado de Kyle Balda, pela primeira vez dirigindo um filme (Kyle já trabalhou ao lado de Tim Burton e também para a Pixar como animador de personagem). 

Minions
dir. Pierre Coffin, Kyle Balda - 

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