domingo, 16 de agosto de 2015

Crítica: "MISSÃO: IMPOSSÍVEL - NAÇÃO SECRETA" (2015) - ★★★


O melhor filme da franquia praticamente desde o primeiro, se há uma missão impossível relacionada à Nação Secreta é não gostar dele. Tom Cruise num retorno absolutamente impecável, o qual nos devia faz muito tempo. Direção e roteiro invencíveis de Christopher McQuarrie, aquele lá que escreveu Os Suspeitos em 95. A fotografia de tirar o fôlego de Robert Elswit, aquele lá que fez Sangue Negro e o filme anterior à esse da franquia, Missão: Impossível - Protocolo Fantasma. A trilha sonora sempre marcante de Joe Kraemer, que segue a reta do velho tema de Missão: Impossível, inconfundível. Embarcando em mais uma perigosa e impossível missão, Ethan Hunt num sense aventureiro que a cada filme da franquia nos faz perder o chão, é motivo de adoração. Ainda que eu prefira 007 e enquanto o próximo filme de meu agente predileto não chega, esse novo Nação Secreta é motivo de comemoração, e logo chega saciando minha sede por Bond.

Talvez um dos mais bem-filmados filmes de ação dos últimos tempos, embora tal posição evidentemente seja liderada por títulos mais fortes como Mad Max: Estrada da Fúria Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros cujos respectivos efeitos só de falar já causam tremores, Nação Secreta não se distancia muito deles não. É competente, cumpre o que promete, faz a sala do cinema pegar fogo durante os segmentos mais intensos e injeta com força adrenalina no espectador, que não fica em paz por um único momento durante a projeção. Nação Secreta, mais do que um bom filme é um ótimo exemplo de como se faz ação de verdade. E que venham mais filmes como esse. Acho que posso estar errado dizendo que existirá alguém de seu porte mas, que venham novos atores com performances igualáveis à de Tom Cruise, e acompanhado deste ator um elenco tão espetacular como esse. A experiência de ver Nação Secreta é assustadoramente preciosa e sensacional. É bom criar essa esperança favorecendo um novo filme não da franquia, mas que seja parecido em certos aspectos com esse. Na hora certa, quando esse filme chega, a sensação de satisfação chega a ser mais agradável do que a própria realização.

Na primeira cena a poltrona já começa a vibrar. Ethan pula na asa de um avião enquanto um agente tenta abrir a porta para ele entrar. Durante a decolagem, Ethan, agarrando uma pequena passagem no avião, entra de uma forma bem tresloucada no interior. A sequência apenas vem para (alertar e) preparar, por que o que vem à frente ao lado dessa "pequena" sequência de abertura não é nada. Outra sequência de matar é a da ópera, em Viena, onde Hunt inicia uma luta com um homem logo acima do palco onde a ópera é realizada e nesse mesmo período dois atiradores preparam-se para atirar no chanceler da Áustria, que está presente na apresentação, e o ajudante de Hunt começa a ter alguns probleminhas. Tensão, pânico e adrenalina são apertados com força nessa cena em especial, que a minha favorita de todo o filme e onde a fotografia de Robert Elswit é colocada à prova e o resultado, avassalador.

E olha que eu nunca fui e muito provavelmente não serei um propriamente dito fã da franquia Missão: Impossível. Vi o primeiro só por costume, e os outros seguintes também (e esse, né?). Mas não nego que gosto da franquia. Há alguns deslizes (Missão Impossível III) mas em geral trata-se de uma ótima franquia, com filmaços de qualidade como este aqui. Não faz o meu tipo, mas me agrada. Os segmentos de ação me eletrizam e impactam demais. Está longe de fazer o meu tipo. Sou mais para 007, entende? Missão: Impossível muito embora não possua o charme da grande franquia do Bond, que eu já citei neste post antes (minha teoria é a ansiedade para vê-lo em novembro), mas o quê espionagem de Hunt lembra 007 e toda a sua franquia embora não seja exatamente igual ou que exerça o mesmo estilo. Hunt e Bond são personagens distintos, mas que remetem um ao outro caso vistos. Também nunca gostei muito de Tom Cruise. Seu jeito "cafajeste" e galã pouco me chamavam a atenção, e sempre tive um certo desgosto por ele. E talvez esse seja o motivo pelo qual tanto não consigo me sentir confortável, de uma maneira, o vendo fazer Hunt, embora sua performance seja inegavelmente plausível.

Muita gente vive dizendo que o melhor filme desta franquia é Protocolo Fantasma. Respeito essa posição diante do longa que mais arrecadou dinheiro da franquia, e que também não é tão ruim, mas ao lado de Nação Secreta, Protocolo Fantasma não é nada. O roteiro deste aqui, bem mais elaborado e inteligente, ultrapassa a qualidade do outro, sem querer difamá-lo ou tão (se é essa a impressão que vos passo falando tais coisas). Afinal, temos no roteiro, e na direção, McQuarrie, que já foi um bombadíssimo roteirista e pode muito bem retomar essa posição caso continue fazendo mais filmes como esse aqui, que sem dúvida é o seu melhor trabalho em anos, desde o já mencionado Os Suspeitos.

Missão: Impossível - Nação Secreta (Mission: Impossible - Rogue Nation)
dir. Christopher McQuarrie - 

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